A Assembleia Geral Virtual reuniu-se nesta quinta-feira (27/01) para discutir o indicativo de greve sanitária e dar um pontapé inicial, em 2022, na discussão referente à campanha salarial. Vahan saiu sem apagar as luzes, novamente, como foi a tônica de sua gestão, não se reuniu com as entidades representativas e sequer direcionou alguma representação para o diálogo sobre a disseminação da variante Ômicron na USP, com o consequente colapso dos aparelhos de saúde da USP e da zona oeste. A nova reitoria de Carlotti tomou posse ontem (26/01), e até o início da Assembleia não tivemos nenhuma resposta da reitoria anterior, e aguardamos alguma sinalização da nova gestão.

Após discussão, a Assembleia chegou à conclusão de que, embora na prática fosse possível termos respostas, pois a reitoria é uma só, independentemente de sua gestão, formalmente os novos dirigentes podem argumentar que a USP não estava ainda sob sua responsabilidade, no que diz respeito a situação sanitária. Sendo assim, foi deliberada a manutenção do indicativo de greve sanitária a ser decidido na próxima Assembleia, a qual irá ocorrer na próxima quinta-feira (3/2) às 14 horas de maneira virtual. Como os dirigentes da universidade andam “esquecidos”, a Assembleia decidiu que na segunda-feira (31/1) faremos uma vigília em frente à reitoria desde cedo para lembrar à nova gestão da situação urgente que se encontra a universidade, não saindo de lá enquanto não tivermos uma resposta sobre nossas reivindicações deliberadas na última Assembleia. Além dos pontos já aprovados, foi encaminhada uma nova reivindicação que é o pagamento das perdas no VR que os funcionários de serviços essenciais, que trabalharam presencialmente durante a pandemia, como por exemplo, os trabalhadores do HU, tiveram por conta de atestados, abonos, etc. Justamente os trabalhadores que deveriam receber uma bonificação foram prejudicados pelas circunstâncias da pandemia e pela insensibilidade da reitoria!

Carlotti: priorizar os menores salários é com parcela fixa no reajuste para todos!

O segundo ponto de pauta tratou da Campanha Salarial deste ano. Como já dissemos nos outros boletins, a situação de deterioração das nossas condições de vida com a inflação cada vez mais galopante está insustentável! Como discutido nas reuniões do Fórum das Seis, reiteramos a necessidade de um reajuste imediato de 20% para todos, visando repor a perda dos dois últimos anos com a inflação. No entanto, além disso, a Assembleia reiterou que não podemos deixar de apontar também o valor fixo como forma de valorizar os menores salários.

O novo Reitor da USP, Carlotti tem feito declarações prometendo recompor os salários dos professores e trabalhadores da USP, em especial nos níveis iniciais da carreira, particularmente dos “jovens docentes”.

Concordamos completamente com a valorização dos setores mais empobrecidos das nossas categorias, que são os que mais sentiram o impacto da inflação e com a corrosão de suas condições de vida na última década. É por isso que os trabalhadores das universidades estaduais paulistas aprovaram em suas assembleias desde o início de 2021, e foi levada pelo Fórum das Seis ao CRUESP a reivindicação de ter também uma parcela fixa no reajuste dos salários, que seja igual para todos os trabalhadores e professores. Naquele momento a reivindicação era de 500 reais no salário de todos, agora nossa Assembleia deliberou pela atualização dessa reivindicação dada a alta inflação no último ano.

Se o Carlotti quer realmente diminuir o abismo em que se afundam os menores e mais defasados salários da universidade, deve atender à reivindicação dos sindicatos e conceder uma parcela fixa comum a todos, que priorize aqueles que menos ganham, sem, contudo, dividir as categorias. Todos unidos numa luta só, contra o empobrecimento, pela valorização dos menores salários!

Temos que tomar cuidado para que discursos demagógicos de valorização não sirvam para nos dividir, para enfraquecer nossa campanha salarial unificada, e, no fim seguir privilegiando os já muito privilegiados da burocracia acadêmica, arrochando os já muito arrochados e que mais trabalham para as universidades funcionarem!