Nosso 8º Congresso Estatutário vai se dar em meio a uma situação de luta de classes extremamente grave e que coloca para os delegados e delegadas eleitas/os nas unidades a tarefa e responsabilidade de armar nosso sindicato e nossa categoria para enfrentar os ataques da burguesia e do imperialismo, que não só continuam descarregando nas costas da classe trabalhadora mundial todo o ônus da crise do modo capitalista de produção: arrochando salários, retirando direitos, terceirizando e precarizando as relações de trabalho! Dessa forma liquidando conquistas sociais como saúde e educação públicas, destruindo o meio ambiente e todos os ecossistemas vitais do planeta, mas também promovendo uma escalada de confrontos militares como uma guerra que já se arrasta por dois anos na Ucrânia e o genocídio do povo palestino, que vem sendo levado a cabo pelo estado sionista de Israel, elevando o perigo de uma nova guerra como uma sombra, uma ameaça a pairar sobre o futuro da humanidade.

No Brasil, o governo de frente ampla segue mantendo todos os ataques dos governos golpistas de Temer e, de extrema direita, de Bolsonaro, impondo novos ataques, como o arcabouço fiscal, o PL da uberização, os cortes de verbas na educação e o congelamento dos salários do funcionalismo público, tudo de acordo com as exigências da burguesia nacional e internacional. E por isso tem atuado em comum acordo com o governo de extrema direita de Tarcísio, que em São Paulo avança nas privatizações da Sabesp, Metrô e CPTM, com a destruição do sistema educacional do estado e de todos os serviços públicos, buscando para isso fazer uma reforma administrativa pra retirar a estabilidade do funcionalismo e demitir à vontade.

Na USP, depois de acumular uma perda salarial que nos levou a deixarmos de receber o equivalente a 19,9 salários ao longo de 12 anos, seguimos com uma perda de 18%, com congelamento dos benefícios VA e VR, terceirização de milhares de postos de trabalho e desmonte de hospitais, centros de saúde escola, creches e etc.

Em meio a tudo isso, alguns diretores de unidades, em atitude abertamente ante sindical, estão restringindo e até mesmo impedindo que delegados e delegadas eleitos nas unidades para representar seus companheiros(as), possam participar do congresso.

O diretor, Professor Visentin, até o momento da publicação deste boletim, está restringindo a participação dos delegados da unidade no congresso, liberando cada um deles  para participar por um único dia, alegando que a liberação dos mesmos durante os três dias do congresso prejudicaria o andamento do trabalho Ou seja, não há dúvidas de que o “magnifico” Visentin, não respeita o direito dos trabalhadores e trabalhadoras da veterinária de se fazerem plenamente representados no congresso do seu sindicato.

A Diretora da Divisão de Alimentação Sra Pili, até o momento da publicação deste boletim, se recusa a liberar as delegadas eleitas que não são do CDB, também alegando suposto prejuízo ao trabalho. Precisamente numa unidade em os trabalhadores mais tem sofrido com o desmonte, a terceirização e as condições desumanas de trabalho, a diretora da divisão, uma das principais responsáveis pelas piores condições de trabalho ali existentes, busca também impedir parte das delegadas de participarem do nosso 8º Congresso.

O diretor, Sr. Ademir, até o momento da publicação deste boletim, adepto convicto da prática de abuso de poder perseguições e assédio moral, também decidiu impor restrições à participação das delegadas do centro de saúde ao Congresso, limitando o tempo de liberação, de forma que as companheiras não podem participar plena e integralmente das discussões e votações do Congresso. A alegação é a mesma, suposto prejuízo ao andamento do trabalho.

Ora, como resultado do convênio da prefeitura com a SPDM, uma OSS, de direito privado, o Centro de Saúde tem hoje um número de enfermeiros e técnicos de enfermagem maior do tinha em 2014, mesma época em que o Sr. Ademir deixou de atender seus pacientes para ir ao Encontro de Saúde promovido pelo sindicato naquele ano, e lá passar o dia inteiro defendendo a tese de que, ao invés de lutar para que a reitoria contratasse funcionários pela USP, o sindicato passasse a defender a contratação pela via das fundações.

Repudiamos a atitude antissindical dessas pessoas e exigimos que a COPERT, tome as providencias que se façam necessários para que a USP respeite e cumpra os termos do nosso Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).