É com bastante pesar que soubemos da morte da estudante da EACH, Bruna Oliveira da Silva, uma jovem de apenas 28 anos cheia de vida e esperança no futuro. Ao filhinho, à mãe, ao pai, familiares e amigos de Bruna, deixamos nossa solidariedade nesse momento tão difícil.

Como sua mãe disse, Bruna pesquisava e era ativista pelos direitos das mulheres e morreu da forma como mais temia: vítima da violência machista que assombra a vida das mulheres. É insuportável pensar que uma jovem tenha seu corpo violado e sua vida roubada. A verdade é que sob o patriarcado e o capitalismo, a vida das mulheres vale pouco. Transformam nosso suor em trabalho barato e precarizado em nome dos lucros dos patrões. Nosso corpo é mercadoria para se vender de tudo. Ao mesmo tempo que controlam nosso útero, nos impedem de exercer a maternidade plena. As políticas públicas de proteção às mulheres sempre são os primeiros alvos de cortes. E Bruna lutava para denunciar e mudar tudo isso.

Nesse momento em que nosso estado e nossa cidade é governada pela extrema-direita vemos os números de feminicídioos aumentarem enormemente. Ao mesmo tempo, as políticas do governo federal de frente ampla, que concilia com esses setores, se mostram incapazes de garantir o mais elementar que é a vida das mulheres .

Por isso, precisamos seguir o legado de luta e esperança de Bruna, transformando a dor em luta, organizando estudante e trabalhadoras para se levantarem contra essa realidade que assombra as mulheres. Nós, do Sintusp e da Secretaria de Mulheres, estaremos nessa luta junto a todes que gritarem por justiça para Bruna.

Nenhuma a menos!