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Repudiamos fortemente a repressão sofrida pelos estudantes da USP que protestavam contra o governador de SP, Tarcísio de Freitas, e contra a violência de sua polícia racista e assassina na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco da USP. Nesse dia, Tarcísio estava em um evento para nomeação do procurador-geral de Justiça, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa do qual participaram também o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB).

Nos vídeos divulgados nas redes sociais, é possível ver a absurda repressão aos estudantes e integrantes do Centro Acadêmico XI de agosto. Tarcísio vem implementando em SP um plano privatista dos serviços públicos atacando os trabalhadores do Metrô, Sabesp, CPTM e a população se apoiando no Arcabouço Fiscal de Lula-Alckmin. Ao mesmo tempo a polícia racista e assassina de Tarcísio vem fazendo um verdadeiro banho de sangue na baixada santista deixando dezenas mortos que são parte das 263 mortes somente no primeiro semestre. Não bastasse isso, a mesma polícia reprime aqueles que lutam contra as privatizações e contra a aprovação do reacionário projeto das escolas cívico-militares como fizeram na ALESP. Também na repressão, Tarcísio se apoia em um contexto de medidas sancionadas pelo governo Lula-Alckmin, como a Lei Orgânica das Polícias.

A reitoria da USP vem fazendo um discurso demagógico de uma gestão democrática e inclusiva enquanto leva a frente também na USP um projeto privatista, perseguição a estudantes que apoiam o povo palestino, mais terceirização e arrocho salarial seguindo o projeto de Tarcísio e aprofundando as relações com esse governo. Por tudo isso, o único caminho para enfrentar todas as médias repressivas e os ataques de Tarcísio e de Lula-Alckmin é o da mobilização como vem fazendo os trabalhadores e professores das universidades federais.

São Paulo, 28 de maio de 2024