Será que o reitor vai desengavetar a carreira dos funcionários? Ou foi só promessa para ganhar eleição?
A CCRH (Comissão Central de Recursos Humanos) é um organismo estrutural da USP, formado pela Coordenação da CODAGE (Prof. Dr. João Mauricio), Diretoria de Recursos Humanos (Prof. Dr. Wilson Aparecido Costa de Amorim), três professores indicados pelo reitor: Profa. Dra Ana Carla Bliacheriene (EACH), Prof. Dr. Antonio Rodrigues de Freitas Junior (FD), Profa. Dra Graziella Maria Comini (FEA) + três Suplentes e três Representantes de Funcionários eleitos pelos seus pares+ três suplentes. Consta no Site da USP, que a última reunião da CCRH, ocorreu na gestão do Prof. Dr. Fernando Luis Medina Mantelatto, no dia 21/11/2018. Daí em diante, a CCRH MORREU!
A última eleição na CCRH – Comissão Central de Recursos Humanos, para representantes de funcionários, ocorreu no dia 18/10/2022. Foram eleitas:- NELI (HRAC/BAURU), SELENE (IP) e MARILIA (PUSP/RP). De lá em diante (exatamente há um ano) as representantes eleitas não tomaram posse, bem como não ocorreu nenhuma reunião.
Descaso ou incompetência administrativa?
Descaso não deve ser, pois como gestão “democrática”, que não gosta de cometer “improbidades administrativas”, está faltando tempo para estes senhores, que andam preocupados em ampliar o processo de terceirização e privatização da USP, bem como demitir trabalhadores que durante 40, 30, 20 anos desempenhavam funções essenciais para as ricas pesquisas nos navios do Instituto Oceanográfico, para encobrir “improbidades administrativas e desvios de verbas públicas”.
Como pensar nos interesses dos trabalhadores, quando a prioridade são seus interesses e egos, que irão definir seus status quo no topo da academia, com o enriquecimento através das Fundações e as licitações suspeitas com empresas “boca de porco”, que também irão explorar trabalhadores terceirizados, que ganham salários de fome.
Como pensar em CARREIRA para os trabalhadores quando a política a ser implementada é correr com os “Parâmetros de Sustentabilidade”, aprovado no Conselho Universitário em 2017 durante a gestão ZAGO. Se forem aplicar os Parâmetros a fundo, a tendência será de mais cortes de postos de trabalho.
Como pensar em CCRH – Comissão Central de Recursos Humanos, e em CARREIRA, quando a política de Recursos Humanos é terceirizar o próprio Departamento de Recursos Humanos, que hoje já abriga dentro de si 3 ou 4 empresas, acabando com os Departamentos Pessoais das unidades, amontoando pessoas no Bloco K e o atendimento humano passa a ser dado através de e-mails padronizados, como se todos os trabalhadores fossem “maquinas” todas iguais.
Hoje, a política de Recursos Humanos da USP, é a desumanização, o descaso com a saúde mental e ocupacional dos trabalhadores, com o assédio moral individual e coletivo, a exclusão de Centros de Saúde e Hospitais. Não possui políticas para o SESMET, para os Dependentes Químicos.
Prestem atenção:- aqui a Lei é aplicada de acordo com a “natureza do trabalho”, segundo um Procurador Geral da USP. Temos que pagar horas do Recesso do Final de Ano. Professor NÃO. Demitiram 30 trabalhadores, porque não prestaram Concurso Público e Procurador Geral NÃO.
A vice-reitora já completou 75 anos e NÃO foi embora. Os trabalhadores completam 75 anos e no outro dia estão no olho da rua, sem sequer o “muito obrigado” pelos longos anos de dedicação à universidade. Interessante, até a Ministra Rosa Weber do STF vai embora como todos os demais servidores públicos. Aqui muitos NÃO.
Primeiro as Leis para os “negócios” deles. Depois Leis para os “recursos “desumanos” para os trabalhadores.
Eles insistem em não proporcionar aos funcionários CARREIRA, prometida por gestores, que faltam com a verdade. Primeiro ZAGO extingue o Departamento de Carreira. Na gestão VAHAN é programado no orçamento anual e aprovado no Conselho Universitário uma verba significativa para a Carreira de Funcionários e Docentes. Os docentes são contemplados e nós, funcionários, sequer sabemos o que fizeram com o dinheiro orçado. Com certeza aplicado em algum banco.
Prof. Carlotti também falta com a verdade sobre a CARREIRA. Foi eleito com promessas de tornar a universidade mais democrática e proporcionar uma excelente Carreira para os funcionários e valorização dos mesmos. Até declarou que sempre ficava revoltado de como os funcionários eram avaliados injustamente. Será que não tem mais dinheiro em caixa, depois dos 7 bilhões, acumulado para aplicações?
O Coordenador da CODAGE ignorou o resultado das Eleições da CCRH e sequer instalou uma Reunião para dar posse às Representantes de Funcionários eleitas. Seguindo a lógica dos “interesses” (poderá ser conflito de interesses) foi contratado uma empresa para elaborar um Projeto de Carreira para os Funcionários. Informação do próprio reitor ao sindicato.
Não foi publicado no Diário Oficial a licitação para contratação desta empresa. Será que foi carta-convite? Que empresa é esta, que nunca comunicaram o nome da mesma e cujo contrato não determina prazo para entrega do projeto.
Exigimos a instalação da CCRH – Comissão Central de Recursos Humanos e a discussão imediata da aplicabilidade de uma CARREIRA que valorize os funcionários, principalmente os do grupo básico, cuja maioria se encontra em desvio de funções e uma política de recursos humanos na USP, mais humana e valorosa.