Na última reunião do CO, ocorrida em 22/2, o reitor abriu reafirmando compromissos da sua gestão. Dentre estes, destacou a questão do reajuste das perdas inflacionárias, a contratação de docentes para repor o quadro que havia em 2014, e de funcionários em número a ser estudado. Um ponto nos chamou atenção e causou certa preocupação, que é a diretriz de valorização dos docentes em início de carreira, sem falar nada também dos funcionários nas mesmas condições.

Esse tema preocupa, pois nessa semana circulou na universidade um documento assinado por um tal Grupo Docentes USP com uma proposta de reajuste proporcional + um valor fixo, no entanto com uma diferenciação absurda entre docentes e funcionários. Pela proposta desse grupo, o valor do fixo para os docentes deveria ser de 3 a 4,5 vezes maior que para os funcionários. É importante esclarecermos que essa não é uma posição da Adusp, e sequer foi aprovada em Assembleia dos docentes. É proposta desse grupo apenas. No entanto, ao que parece trata-se de um grupo com certo trânsito na nova gestão reitoral.

Na sequência da reunião do CO, durante a fala dos membros, um dos nossos representantes fez um questionamento direto sobre o tema. O companheiro Reinaldo, que é também diretor do Sintusp, destacou que nós concordamos em valorizar os salários iniciais das carreiras, tanto que isso está na pauta do Fórum das Seis, mas isso tem que ser de forma igualitária entre docentes e funcionários. Lembrou que a última vez em que houve reajuste diferenciado para as categorias ocorreu uma forte greve, inclusive com ocupação de reitoria, em 2010 (primeiro ano da gestão Rodas). E que, portanto, se a reitoria embarcar em propostas como a do grupo de jovens docentes, isso seria visto como uma declaração de guerra à nossa categoria. O reitor tomou a palavra e tentou se justificar, mas basicamente reafirmou que o seu compromisso é com a valorização dos docentes, enquanto para os funcionários só citou o processo de progressão horizontal da carreira (que, aliás, já ocorreu para os docentes ainda no ano passado, mesmo com a LC 173). Portanto, vamos precisar redobrar nossa mobilização para impedir que ocorra essa diferenciação!