Reitoria marca reunião com o Sindicato e lança a Nova Portaria do Reitor no dia 1/2/2022
Como dissemos no boletim anterior, representantes da diretoria do Sintusp fizeram uma rápida reunião com a coordenação da chefia do gabinete do reitor Carlotti, nesta segunda-feira (31/1), para apresentar as reivindicações dos funcionários da USP aprovadas em assembleia. Embora tenhamos muitos assuntos a conversar com a nova reitoria, essa reunião aconteceu dada a emergência da situação e reiteramos a necessidade da volta à permanência em domicílio de todos os funcionários de setores não essenciais da universidade: que seja mantida a mesma situação estabelecida em outros momentos graves da pandemia.
Explicamos ao novo coordenador, o Professor Edmilson, os motivos de nossas reivindicações, começando por questões mais amplas como o notório crescimento da transmissão do vírus, da sobrecarga nos hospitais e serviços de saúde em geral, e do aumento ascendente do número de mortos. Lembramos também do problema da não vacinação das crianças, que em sua grande maioria ainda não possuem sequer o esquema vacinal completo.
Trazendo para esses pontos para a situação mais particular da USP, apontamos a paralisação do trabalho no restaurante central, que dura mais de 3 semanas, onde, até o fim desta edição, cerca de 20 funcionários foram diagnosticados com covid-19.
Os problemas não param por ai, a contaminação vem atingindo cada vez mais unidades da universidade devido ao contato de funcionários na rotina do trabalho, no transporte e em outras situações como refeitórios, por exemplo.
Explicamos, que em nossa avaliação, há um problema, pois a grande maioria dos professores e alunos não estão na universidade, o que achamos correto, no entanto, os funcionários também deveriam estar na mesma situação tendo em vista que é necessário frear a contaminação da variante Ômicron urgentemente!
Esperamos que a Universidade onde são formados diversos infectologistas importantes do país, que diariamente comentam a gravidade da situação, dê o exemplo para a sociedade!
O Professor Edmilson, naquele momento ficou de encaminhar nossas reivindicações e argumentos, que ele considerou fortes e justos, ao reitor Carlotti juntamente com o pedido de audiência para negociar o assunto.
No dia seguinte (1/2), o coordenador de gabinete nos comunicou que o reitor divulgaria um documento em função das nossas reivindicações (Comunicado à comunidade da USP – 01/02/22), e que estava marcando a reunião com a diretoria do Sintusp com essa pauta. Ao final do dia, a Reitoria encaminhou o documento à comunidade USP e marcou a reunião com o sindicato no dia 9/2 às 11 horas, para tratar dessas questões.
Em uma primeira análise do e-mail enviado pela reitoria, juntamente com a nova portaria, a diretoria do sindicato, apesar de considerar um avanço em relação à portaria anterior, encontrou alguns problemas. O primeiro é não haver uma orientação unificada para todas as unidades, deixando a cargo dos diretores determinar a manutenção do trabalho presencial, híbrido ou a volta do teletrabalho, durante o mês de fevereiro.
Sabemos que existem diretores conscientes e preocupados com a saúde dos trabalhadores, no entanto, também é verdade que existem outros que possuem características negacionistas, e não raro, tomam atitudes desumanas e inconsequentes (como vimos em diversas ocasiões neste longo período de pandemia), e que, possivelmente, poderão impor aos funcionários que trabalhem presencialmente, como se nada estivesse acontecendo. Mesmo sem aulas e com a universidade vazia.
Isso levaria a existirem simultaneamente situações diferenciadas em um contexto em que a disseminação de vírus acontece para todo mundo, a covid-19 não escolhe quem vai infectar, essa diferenciação é inaceitável!
Um segundo problema é o tratamento desigual aos trabalhadores dos serviços essenciais, sobretudo da saúde, no que diz respeito à possibilidade de autodeclaração. Para manter essa posição, a reitoria necessita com urgência aceitar o ponto de nossa reivindicação, que aponta para um plano de testagem e rápido atendimento para que a comprovação seja rápida.
A portaria também não tratou das horas negativas do ano de 2019, as quais fazem com que muitos funcionários tenham que trabalhar presencialmente para sanar o déficit. No período de pandemia, o banco de horas ficou paralisado para pagamento de horas, e neste sentido, muitos trabalhadores fizeram jornadas muito maiores do que o normal e não puderam computar no banco de horas. Por isso, dada a situação de excepcionalidade, reivindicamos que essas horas do ano de 2019 sejam abonadas!