Nesta quarta-feira, 5/5, a reitoria divulgou o 15° documento do “Plano USP de Readequação do Ano Acadêmico”. Apesar de ser um texto absurdo e desrespeitoso com nossa categoria, ele não torna compulsório o retorno ao trabalho presencial. Portanto, antes de mais nada, orientamos todos os trabalhadores da USP a se recusarem ao comparecimento presencial em serviços não essenciais, e caso sejam pressionados ou convocados pelas chefias e diretores de unidade, procurem o SINTUSP!

Esse documento, mais uma vez, foi elaborado pelo Grupo de Trabalho (GT) composto por seis professores da cúpula da universidade, sem a participação dos funcionários e, de novo, é negligente com nossa saúde, nossas vidas, dos nossos familiares e pessoas de nosso convívio. É o mesmo GT que tentou de forma catastrófica tornar o retorno presencial compulsório no ano passado, quando o número de mortes só crescia.

Agora que a pandemia está muito pior e absolutamente fora de controle em todo o país, a Reitoria da USP chega ao cúmulo de flexibilizar a abertura de Museus e Centros Culturais para o público externo! Serão os burocratas da universidade a atender esse público? Ou obrigarão os trabalhadores a arriscarem suas vidas e as de seus familiares, expondo-se à possibilidade de contágio na linha de frente desse atendimento? Tirar um trabalhador da casa dele, expondo-o ao transporte público ineficiente, quase sempre lotado, e ainda receber um público desconhecido, é um risco incalculável e absolutamente desnecessário.

O 15° documento também estabelece a possibilidade de retorno presencial de qualquer trabalhador que tenha sido vacinado contra a COVID-19, mesmo que não seja em serviços essenciais. Dessa forma, o GT ignora que a vacinação é uma estratégia de imunização coletiva e não individual, como tanto tem falado a maioria dos cientistas, inclusive os da própria USP! Ignora também que os trabalhadores vacinados, mesmo quando não desenvolvem a doença, continuam podendo transmitir o vírus expondo assim familiares e outras pessoas que não foram vacinadas. Portanto, a orientação do sindicato para quem foi vacinado, é a mesma: recusar o comparecimento presencial em serviços não essenciais, e caso sejam pressionados ou convocados pelas chefias e diretores de unidade, procurem o SINTUSP!

Exigimos mais uma vez que a Reitoria receba o Sintusp para negociação de qualquer plano para organização do trabalho na pandemia, os funcionários precisam ser ouvidos!!! Somos nós que fazemos a universidade funcionar, mesmo com pandemia!

Não vamos aceitar a imposição do novo Plano USP!