Quando negociamos a extensão do prazo de compensação das horas negativas dos bancos de horas, referentes ao período de 2019 a 2021, isto é, que abarcaram o período de excepcionalidade gerado pela pandemia, ficou acertado que poderíamos levar casos excepcionais à negociação na Copert para evitarmos os descontos. Importante registrar que a nossa reivindicação inicial era que as horas negativas fossem totalmente abonadas, tendo em vista que a pandemia gerou uma dificuldade adicional para a compensação, e que o central deveria ser a preocupação com a saúde e a vida das pessoas. Infelizmente as reitorias, tanto a anterior quanto a atual, foram insensíveis com os nossos argumentos, e o máximo que conseguimos foi a extensão do prazo até maio desse ano.

Conforme combinado, divulgamos em boletim do sindicato e encaminhamos à Copert vários casos excepcionais de pessoas que não conseguiram zerar as horas até maio. Os casos incluíam pessoas com problemas de saúde, situações de locais de trabalho inadequados que levaram à manutenção do teletrabalho até quase abril deste ano, além do caso de dois diretores do sindicato, que ao estarem liberados para atividades sindicais, não poderiam pagar horas. Para nossa surpresa, os membros da reitoria negaram-se a realizar uma reunião para discussão dos casos, e falaram que responderiam tudo por escrito e enviariam por e-mail. Algumas semanas depois, enviaram a resposta, que foi basicamente negando tudo! Enviaram uma resposta padrão para casos distintos, basicamente dizendo que as pessoas poderiam ter compensado se quisessem. No caso dos dois diretores do sindicato, a resposta foi que tinham que ter zerado antes de assumirem a função no sindicato (como se houvesse como saber quem ganharia a eleição de antemão). O único caso que teve uma resposta positiva foi de uma funcionária que estava em licença maternidade.

Diante dessa resposta padrão, insistimos no pedido de que houvesse uma reunião de negociação, para tentarmos ao menos resolver alguns casos mais gritantes. A resposta foi nova negativa! Isso demonstra que a Copert nessa gestão vai de mal a pior! Curiosamente essa mesma reitoria, que finge que negocia, vai a público defender a democracia!

Na negociação dos aditivos do Acordo Coletivo, será necessária muita mobilização e luta da categoria, pois os “negociadores” da reitoria já têm sua resposta padrão ensaiada!