Recebemos mais uma denúncia a respeito das condições de trabalho dos trabalhadores terceirizados, agora em relação aos controladores de acesso e funcionários de portaria. De acordo com a convenção coletiva, a empresa deve pagar a PLR (participação nos lucros). No entanto, a empresa até o momento não pagou!
A maioria dos trabalhadores terceirizados de portaria recebe cerca de um salário mínimo, com escalas de 12/36h. São transferidos de postos por qualquer mínima queixa. Se ficam doentes perdem o adicional de assiduidade de 300,00 reais. Ou seja, muitos chegam a trabalhar doentes para poder receber uma renda extra para pagar as contas.
Essa é a crueldade da terceirização. Baixíssimos salários, condições precárias de trabalho, assédio moral e atraso de pagamento de benefícios. E a universidade continua mantendo postos que são essenciais para o funcionamento da universidade nas mãos dessas empresas ao invés de efetivar os terceirizados e dar fim à terceirização.
Não bastasse toda a situação, os terceirizados sequer tem os mesmos direitos que os efetivos. Não tem direito sequer ao BUSP que até agora não foi implementado, nem à carreira ou prêmios pagos. Não podemos permitir que se mantenha a terceirização na universidade. Isso transgride os seus princípios éticos de respeito à dignidade humana, e seus valores de respeito aos direitos humanos e compromisso com a democracia, conforme ela própria coloca como Missão, Visão, Valores (https://www5.usp.br/missao-visao-e-valores/). Ou não são as e os trabalhadores terceirizados parte da comunidade universitária?
Por isso exigimos que a USP se responsabilize pelo pagamento da PLR dos terceirizados e de todos seus direitos. Por iguais direitos e salários e pelo fim da terceirização, com a efetivação de todos os terceirizados da universidade sem a necessidade de concurso público!