
Enquanto o massacre do povo palestino segue destruindo vidas e reduzindo universidades palestinas a escombros, a USP mantém relações acadêmicas com instituições israelenses diretamente envolvidas na sustentação do apartheid e do genocídio em curso. São diversos convênios e acordos vigentes com universidades como a Hebrew University of Jerusalem, a University of Haifa, a Ariel University e a Jerusalem School of Business Administration, além de parcerias com o próprio Consulado Geral de Israel em São Paulo.
Essas universidades israelenses não são neutras: a Hebrew University de Jerusalém, por exemplo, desenvolve projetos de tecnologia militar em parceria com o Exército de Israel e sedia programas de elite para formação de oficiais de inteligência, que depois atuam diretamente na repressão ao povo palestino. Já a University of Haifa também tem histórico de colaboração com as forças armadas israelenses e abriga programas ligados ao aparato militar do Estado de Israel.
Enquanto isso, escolas e universidades palestinas foram bombardeadas e fechadas, negando a milhares de crianças e jovens o direito à educação e ao futuro. Manter esses acordos é fechar os olhos para a cumplicidade das instituições acadêmicas israelenses com a ocupação, a limpeza étnica e a colonização da Palestina. Não por acaso, intelectuais e movimentos palestinos fazem um chamado internacional pelo boicote acadêmico e cultural a Israel.
O SINTUSP, em resoluções aprovadas pela categoria, já se posicionou firmemente pela ruptura dos convênios da USP com universidades israelenses, denunciando a cumplicidade institucional diante do genocídio e exigindo que a universidade esteja ao lado dos povos oprimidos, não dos opressores. A manutenção desses acordos é uma afronta à luta por justiça, direitos humanos e solidariedade internacional.
Exigimos que a Reitoria da USP rompa imediatamente todos os convênios e acordos com universidades israelenses, em resposta ao chamado do povo palestino.
Palestina livre do rio ao mar!