Já demonstramos em alguns boletins a contradição que existe entre o auxílio-saúde fornecido pela USP e o projeto da universidade em relação ao atendimento em saúde da comunidade uspiana no Hospital Universitário, o desmonte do HU e do SESMT, os demais aparelhos de saúde e a vinculação disso com a privatização da universidade.
Desde que foi estabelecido, o auxílio-saúde apresentou uma série de problemas. O mais recente é em relação ao valor do auxílio pago aos funcionários que fazem aniversário e mudam de faixa etária. A tabela de valores do auxílio da USP considera o padrão de faixas etárias que os convênios adotaram como padrão. O aniversário de cada funcionário consta no sistema Marte. No entanto, a USP quer que você avise a ela que mudou de faixa etária!!! Quem não percebeu que a mudança não era “automática” e avisou com algum atraso, recebeu um auxílio menor que o cobrado pelas empresas indicadas pela USP, como a Unimed e Hapvida/Notre Dame – Intermédica e teve que arcar com o prejuízo do bolso.
Mas esse trâmite todo de ter que avisar e comprovar o aumento do valor do convênio de acordo com a faixa etária não está previsto em nenhuma normativa que estabeleceu o auxílio. O que sim consta nas normativas e portarias são as faixas etárias e o valor correspondente. Os funcionários que reclamaram desse erro da USP, que pagou um valor menor do que o previsto por ela mesma receberam do DRH a mensagem de que a correção de valores não seria feita de forma retroativa, ou seja, se alguém que fez 39 anos em fevereiro, mudando de faixa etária, mas viu que o valor do auxílio estava errado só em abril, ficou com prejuízo de pelo menos 108 reais! Um absurdo que poderia ser resolvido se a USP usasse a tabela de valores que ela mesma criou.