Campanha salarial e luta unificada!

Nossa campanha salaria contou com um importante ato unificado das 3 universidades que conseguiu arrancar 5% de reajuste salarial, contra os 3% que a reitoria queria nos oferecer. Esse reajuste foi arrancado depois de um importante ato em frente à agência Inova junto com estudantes e professores da USP, Unesp e Unicamp. O reajuste foi aquém da nossa demanda de 17,31% para podermos recuperar o nosso poder de compra de 2012. Demonstramos nos boletins da época que as perdas acumuladas significavam algo em torno de 19 salários que a USP deixou de nos pagar nesse período o que resultou, para a USP, num caixa de mais de 5 bilhões de reais conseguidos graças ao arrocho salarial e congelamento de contratações. Para nossa categoria, o resultado dessa política – implementada goela abaixo graças aos parâmetros de sustentabilidade de 2017 – resultou em endividamento e adoecimento.

Como lição aprendemos que para conquistar nossas justas demandas é preciso estarmos mobilizados e fazermos pressão sobre a burocracia universitária com nossos métodos de luta. Só assim podemos vencer!

Imposição do processo de Avaliação dos Funcionários. Mas quem avalia a USP?

A Reitoria implementou um sistema de avaliação esdrúxulo que gerou uma série de problemas para s trabalhadores da USP. O sistema, saído da cabeça de uma empresa que não sabemos quanto recebeu para fazê-lo, parecia ter saído do chat GPT na sua versão mais simplória. Perguntas confusas que não diziam respeito à realidade dos locais de trabalho demonstraram que a burocracia desconhece o funcionamento da universidade que gerencia.

Deixamos bem claro o objetivo da reitoria com a avaliação, munir a universidade de mecanismos para maior repressão aos trabalhadores. Enquanto a USP busca nos convencer de que temos que ser funcionários perfeitos que não comem, não dormem e não sofrem, a USP segue oferecendo condições cada vez mais precarizadas de trabalho que aumentam o adoecimento físico e mental. Fica a pergunta: Quando poderemos nós, funcionários, avaliar a USP para denunciarmos o assédio moral, a falta de condições de trabalho para pessoas PCD, falta equipamentos e de ergonomia laboral, sobrecarga de trabalho?

Reitoria fortalece sua linha repressiva. Temos que lutar para que ninguém fique para trás!

Com um Estatuto herdeiro da Ditadura Militar, a reitoria da USP deixou exposta sua faceta mais autoritária alinhada a setores mais raivosos do governo.

Demitiu um funcionário do Museu de Zoologia, este museu dirigido por uma criatura que só pode ser algo como um Autoritário Rex, tamanha sanha punitivista, por causa de uma mensagem de whatsapp. Outro, do ICMC, demitido por questionamentos políticos feitos à Universidade que, sabemos todos, tem relações questionáveis com fundações privadas.

Mas a reitoria não parou por aí, tem perseguido estudantes, ameaçando-os de expulsão, por estes terem defendido em seus fóruns, a luta do povo Palestino contra o genocídio levado a cabo por Israel. A USP continua a manter convênios com universidades israelenses mesmo depois de um ano de uma guerra genocida que reduziu as universidades palestinas à pó. Um enorme absurdo!

Reforçamos nossa solidariedade em defesa dos lutadores e por uma Palestina livre, operária e socialista, do rio ao mar.

Acordo Coletivo – O Banco de Horas continua a nos adoecer

A reitoria continua a impor a cobrança absurda das horas das pontes e do recesso à nossa categoria o calendário de compensação de horas de 2024-2025 impõe em alguns lugares a compensação de absurdas 94 horas!

Enquanto no Brasil discutimos a luta contra a escala 6X1, para que os trabalhadores possam ter direito ao lazer, a cultura e a vida familiar, a USP flexibiliza a jornada, fazendo os funcionários trabalharem 9 a 10 horas todos os dias para nos obrigar a compensar as horas em que a USP não funciona. Precisamos lutar contra o banco de horas e a cobrança das pontes e recesso, pela redução da jornada de trabalho sem redução salarial!

Paralisação das terceirizadas do HU revelam a face mais cruel da precarização do trabalho. A USP é responsável!

Entre os dias 11 e 12 de dezembro as companheiras terceirizadas que trabalham no HU e no Hospital de medicina veterinária da USP, paralisaram as atividades depois de 11 dias de atrasos e enrolação da empresa HIGIENIX em pagar a primeira parcela do 13º salário, além do Vale Refeição e Vale Transporte. Mais um ano onde as trabalhadoras terceirizadas ficam a mercê dos abusos das empresas terceirizadas.

A sobrecarga de trabalho é imensa e a cada ano diminui ainda mais o quadro de funcionárias terceirizadas. No HU são cerca de 100 funcionárias, divididas em 4 turnos, para dar conta de um hospital inteiro! Falta produtos de limpeza, mops, sobre assédio moral e superexploração. Um hospital de excelência que só funciona graças a força dessas trabalhadoras e dos funcionários efetivos, pois a superintendência e a reitoria insistem em precarizar e sucatear o hospital. Uma médica residente denunciou o absurdo de ter um setor essencial ao hospital sendo terceirizado, afirmando que o correto e o necessário para a segurança sanitária dos doentes é que a higienização seja feita por funcionários efetivos. Ou seja, essas trabalhadoras precisam ser efetivadas imediatamente, sem a necessidade de concurso, pois já exercem muito bem a função no cotidiano. A empresa terceirizada não está interessada na saúde dos pacientes e funcionários.

Ela quer lucrar economizando em tudo mesmo que isso coloque em risco a saúde dos funcionários e pacientes do hospital.

A USP sabe de tudo isso. Mas ainda assim avança em terceirizar mais setores da universidade. Isso porque a terceirização é um negócio lucrativo para uma burocracia universitária cada vez mais vinculada a essas empresas.

A Luta pelo BUSP continua!

No Conselho Gestor do Campus obtivemos uma vitória importante em torno do direito ao BUSP para as trabalhadoras terceirizadas. A luta agora é para que o CO em 2025 aprove esta demanda elementar.

A luta pelo BUSP se insere à luta contra a escala 6X1 na USP e por igual direitos e igual salário para todos os trabalhadores. Somos contra a terceirização, pela efetivação de todas as trabalhadoras e trabalhadores terceirizados da USP sem a necessidade de concurso.

A luta da nossa categoria também é a luta da classe trabalhadora brasileira contra a extrema-direita, os ataques aos direitos das mulheres e a violência policial e do Estado que mata os filhos da nossa classe!

O Arcabouço fiscal do governo Lula-Alckimin impõe cortes duros aos direitos da população, além de cortes na saúde e educação. Não podemos aceitar!

Precisamos estar ao lado dos orpimidos e explorados para impor o fim da escala 6×1, contra os ataques ao direito ao aborto legal, pela legalização do aborto já!

Contra a precarização do trabalho, o PL da Uberização e pela revogação das reformas!

Preparar nossa categoria junto ao funcionalismo contra a reforma administrativa e os ataques aos serviços públicos!

Abaixo o racismo!

Que 2025 seja um ano de muita luta da nossa classe e que possamos colher vitórias contra os ataques da reitoria, dos governos e patrões!