Desde o dia 11 de março, os trabalhadores técnicos administrativos das universidades federais estão em greve, chegando a mais de 60 universidades, reivindicando um reajuste salarial digno, a reposição dos orçamentos das universidades federais, a realização de mais concursos públicos, além de melhores condições de trabalho e contra a precarização das universidades federais mantida pela governo de Frente Ampla de Lula/Alckmin, sobretudo a partir de medidas como o Arcabouço Fiscal que impõe um teto de gastos nas áreas sociais e privilegia as privatizações.

Este governo que mantém os privilégios dos empresários e o pagamento da dívida pública as custas da precarização da educação e das condições de trabalho desses servidores, congelando seus salários e não revogando os cortes na educação que sufocam o orçamento das universidades, escancara como a conciliação de classes não está a serviço dos trabalhadores e do povo pobre, mas sim dos empresários e de todos os setores que querem sucatear o serviço público.

Enquanto os técnicos administrativos das universidades federais se enfrentam com este governo, o mesmo colabora com a extrema direita que governa São Paulo a partir de uma cooperação na execução de obras públicas e pela manutenção em seus ministérios de figuras do mesmo partido de Tarcísio de Freitas (Republicanos). Por isso, é fundamental que essa imensa greve se unifique com outras em curso e que nós trabalhadores da USP, que também nos enfrentamos com Tarcísio, cerquemos de solidariedade a este movimento em defesa da Educação dos direitos dos trabalhadores.

Por isso, nós do Conselho de Diretores de Base (CDB) reunidos no dia 15 de março junto ao SINTUSP prestamos nosso total apoio e solidariedade à greve dos técnicos administrativos das universidades federais por melhores condições de trabalho, contra os cortes e a precarização da educação mantida pelo governo Lula/Alckmin.