Esse é o nosso primeiro boletim de 2024. Mas o ano já começou quente e mostrando os desafios que teremos pela frente, tanto internamente na USP quanto no geral, como parte da classe trabalhadora.
O ano começou com o aumento das passagens de trens e metrô em São Paulo, e já tivemos importantes atos contra esse absurdo. As manifestações de rua, além de lutar contra o aumento das passagens, também se colocam contra as privatizações do metrô e da CPTM e pela readmissão dos metroviários demitidos por lutar contra esse absurdo. Conforme a própria imprensa já denunciou, a maior parte da arrecadação com as passagens é direcionada para as empresas que controlam as linhas privatizadas, que por sua vez ainda são minoritárias. Ou seja, transportam menos passageiros do que o setor público, e embolsam mais. Com a privatização completa, certamente a qualidade será pior e os valores de passagem cada vez maiores. Também vemos as movimentações do governo estadual de avançar em outras privatizações.
No âmbito nacional, o governo federal ensaia a retomada do projeto da famigerada reforma administrativa. Caso seja aprovada, representará perdas de direitos históricos do funcionalismo público, e por essa via representará uma piora na qualidade dos serviços públicos necessários à população.
Internacionalmente, temos a continuidade da luta contra o genocídio praticado pelo estado de Israel contra o povo Palestino. Na nossa vizinha argentina, a classe trabalhadora começa a se levantar contra os ataques do novo governo de extrema direita, e protagonizou uma importante Greve Geral no dia 24/1.
Já aqui na USP, teremos enormes desafios também. As medidas mais gerais de privatização e de ataques aos direitos do funcionalismo nos afetarão diretamente. Temos várias demandas paralisadas. As contratações de funcionários prometidas pela reitoria até agora estão paradas, e como sabemos não cobrem nem 10% do número de funcionários perdidos desde 2014. A reitoria ensaia uma proposta de Carreira unilateral, sem nenhuma discussão coletiva com nossa categoria. E o discurso de contenção de gastos da reitoria coloca em risco a recuperação das nossas perdas acumuladas nos salários e benefícios.
Fica evidente que teremos um ano de muitos desafios e será necessário irmos à Luta para garantirmos nossas demandas para evitarmos mais perdas de direitos!