O prédio do Centro de Difusão Internacional (CDI), localizado próximo à ECA, FEA e IRI, foi concebido para receber eventos, com grandes auditórios e arquitetura diferenciada. Mas a USP, de forma completamente improvisada, está utilizando o prédio para alocar setores de diversas unidades, (FM/FOFITO, NEV/FFLCH, IRI e outras) algumas de forma sabidamente temporária e outras sem definição de até quando estarão ali.

Consequência deste nível de improvisação é que sequer as instalações elétricas suportam os equipamentos mínimos para o trabalho e as condições de higiene e conforto dos funcionários. Os trabalhadores, pesquisadores e estagiários alocados no prédio não possuem copas adequadas para se alimentar, não têm geladeiras e microondas para conservar e aquecer alimentos, em alguns locais é necessário subir ou descer andares para alcançar um bebedouro, paredes de vidro sem proteção contra o sol, espelho d’água sem manutenção (o que gera mau cheiro e risco de dengue), falta de iluminação no período noturno, dentre outros problemas.

Após tentar contato diversas vezes com a reitoria para tratar do assunto e não obter retorno, o Sintusp realizou uma reunião com os funcionários lotados no CDI, em 27/04, com o objetivo de organizar as necessidades em uma pauta de reivindicações e buscar novamente a negociação com os responsáveis. Para nossa surpresa, o coordenador executivo do gabinete do reitor, Professor Edmilson, apareceu no meio da reunião.

Durante sua intervenção, o coordenador reconheceu as limitações do prédio para atividades administrativas e disse que a nova gestão está trabalhando nas melhorias, porém tem encontrado dificuldades. Os trabalhadores presentes detalharam os problemas e demonstraram sua insatisfação, inclusive apresentando sugestões para melhorias, e os representantes do SINTUSP, além de apoiarem as reivindicações, pressionaram o representante do reitor a acelerar a correção das situações que além de causar transtornos cotidianos, podem trazer consequências à saúde e segurança dos trabalhadores.

Outro problema é que uma das soluções adotadas pelas unidades tem sido estabelecer escalas de revezamento entre os funcionários, o que tem limitado as possibilidades de pagamento das horas das pontes e recesso. Sobre isso, foi colocado claramente que nenhum trabalhador deverá ter descontos caso não tenha conseguido pagar as horas por condições geradas pela própria universidade, e que levaremos este caso também à COPERT. Foi criticada a falta de diálogo e de acompanhamento das ações, e ao final o Prof. Edmilson comprometeu-se a levar adiante todas as questões e dar um retorno da situação das melhorias em 30 dias a partir da reunião. Estamos de olho!