Cada ida ao supermercado é um susto novo. Os carrinhos estão cada vez mais vazios, e o valor cobrado no final cada vez maior. Até tomar aquele cafezinho está difícil! Abastecer o carro então já é praticamente um luxo. Enquanto os preços galopam, especialmente dos artigos mais básicos, nosso salário se desvaloriza cada dia mais. Já são dois anos de congelamento, e mais vários anos de sub-reajustes, que fazem com que nossa defasagem salarial desde 2012 já atinja cerca de 40%.

Na contramão disso, a situação financeira das universidades é a melhor em muito tempo. Anos de arrocho, demissões e todo tipo de política de austeridade fizeram as universidades acumularem caixa, e baixar o comprometimento com folha salarial para próximo dos 60%.

No caso da USP, o processo de sucessão reitoral fez com que surgissem muitas promessas, das duas chapas que concorreram, sobre recomposição salarial.
Ambas prometeram reajuste já no começo do ano. Muitos funcionários ficaram na expectativa!

É verdade que a nova gestão assumiu faz cerca de uma semana. Mas já estava com uma equipe de transição, e nesse período já poderia ao menos ter sinalizado o agendamento de uma reunião do Cruesp com o Fórum das Seis para seguirmos a negociação salarial. Mas até agora, nada!

Lembramos que o Fórum das Seis já protocolou ofício exigindo o agendamento de reunião, para tratarmos da nossa reivindicação de reajuste em janeiro de pelo menos 20%, referente às perdas de 2019 para cá, bem como a valorização dos salários mais baixos e um plano de recuperação das perdas anteriores.

Caso nossa reivindicação não seja atendida, o Fórum das Seis indica Greve no início do semestre letivo! O semestre letivo não começara sem os 20% Já!

Sintusp defende também valor fixo para todos para valorizar menores salários!

Defendemos o reajuste linear para toda a categoria, neste momento de no mínimo 20%, já que estamos falando da necessidade de recuperar o poder de compra de nossos salários. Mas sabemos que a inflação, sobretudo dos itens mais básicos, atinge com maior força os funcionários com salários mais baixos. Como forma de diminuir a desigualdade na categoria, e valorizar os funcionários dos extratos iniciais da carreira, especialmente do grupo básico, defendemos também a concessão de um valor fixo, que possa subir o piso da categoria, e que tem maior impacto para os salários mais baixos. Quando discutimos o tema no Fórum das Seis e conseguimos incorporar isso na pauta, a nossa reivindicação era de R$ 500,00 fixo para todos.

No entanto, com o aumento vertiginoso da inflação e atualização da pauta de reivindicações, avaliamos que será necessário revermos esse valor. Fizemos uma primeira discussão em reunião do Conselho Diretor de Base, e aprovamos levar pro Fórum das Seis a proposta de elevar esse fixo para R$ 1.200,00. Chegamos a esse valor calculando 20% do que seria o salário mínimo ideal indicado pelo Dieese.

Esse tema será pauta da nossa próxima Assembleia, nesta quinta-feira, 9/2, 14h.