Nas últimas semanas diversas entidades do funcionalismo público de todo o país estão promovendo uma série de manifestações em Brasília contra a famigerada PEC 32, mais conhecida como Reforma Administrativa. Esse projeto encaminhado pelo governo Bolsonaro é um duro ataque aos servidores públicos, e por essa via é parte do projeto de desmonte dos serviços que a população tanto necessita.

A PEC abre a porteira para a ampliação da terceirização e para a contratação através de apadrinhamento político, facilitando as famosas “rachadinhas”, que é o emprego de apadrinhados políticos mediante compromisso de repasse de parte do salário para o padrinho que deu o cargo.

Além disso, ataca a estabilidade do servidor público, o que favorece os casos de corrupção. Afinal, só o servidor com estabilidade pode levar até o fim as denúncias de irregularidade.

Embora o governo utilize o discurso de combate aos privilégios, a proposta de reforma não ataca a alta cúpula do funcionalismo, como militares, juízes e políticos. É o professor da escola pública, a enfermeira da creche, o atendente do INSS que será afetado, isto é, o servidor da base, muitas vezes mal remunerado e com anos de congelamento salarial. Com essa medida, quem será realmente afetada é a população, que verá os serviços públicos como saúde, educação e assistência social mais sucateados do que já estão. Precisamos de mais servidores públicos, e bem remunerados, e não menos!

O governo enfrenta dificuldades para aprovar a PEC, por isso agora é o momento de redobrar a mobilização. Diante disso, as centrais sindicais e entidades do funcionalismo vão tornar o dia 28, que é dia do servidor público, em um dia Nacional de Lutas para enterrar de vez esse projeto. Ocorrerão atos em todo o país. Mais informações, veja no site da CSP- Conlutas: https://bit.ly/3GmG3Nd

Em São Paulo, teremos ato estadual, às 16h, na Praça da República. Participe!