Nesta terça realizamos um importante ato na entrada do prédio da FAU, no campus Butantã, para expressarmos nosso repúdio à postura autoritária e negacionista adotada pela diretoria da unidade, ao convocar de forma compulsória as trabalhadoras da Biblioteca para realização de um serviço não essencial, que poderia perfeitamente ser realizado após a pandemia. Conforme já denunciamos no último boletim, além de forçar o retorno presencial compulsório de todo o setor, a diretora da FAU ameaça com a possibilidade de cortes de salários aquelas trabalhadoras que resistiram e se negaram a se expor.
O ato contou com a participação de membros da diretoria do sindicato, do CDB e outros ativistas da categoria e da própria unidade, bem como com apoio de estudantes. Todas as falas enfatizaram a importância de resistirmos a essa política da direção da FAU e da reitoria de conjunto, sobretudo neste quadro de agravamento e descontrole da pandemia, fruto da política genocida do governo Bolsonaro/Mourão, e também das políticas igualmente negacionistas dos governos estaduais e de vários gestores, que buscam passar uma impressão de “normalidade” mesmo diante das mais de 2 mil mortes diárias que estamos vivendo.
Lembramos ainda no ato dos 32 funcionários e funcionárias da USP que foram vítimas do vírus, entre efetivos e terceirizados. Seus nomes não serão esquecidos por nós, ao contrário da reitoria, que sequer tem os dados do número de mortes na USP.
Reunião de negociação com a direção da FAU marcada para esta 4ªfeira, 26/5
Hoje pela manhã ocorrerá uma reunião com a direção da FAU para tratarmos esse assunto. Esperamos que a diretora reveja sua postura e volte atrás na punição às trabalhadoras, bem como que suspenda a convocação compulsória e aceite negociar a escala para a realização da atividade pontual solicitada.
Diretora da FAU chama a polícia para receber o ato!
Quando chegamos na FAU para o início do ato, qual não foi nossa surpresa ao termos já uma equipe de recepção com viaturas da guarda e pelo menos 3 viaturas da PM. Algo realmente patético que em um ato totalmente tranquilo, em uma unidade com histórico democrático, sejamos recebidos pela polícia!
Felizmente logo após nossa chegada, a PM foi embora, e seguimos acompanhados ao longo de toda a manifestação pela guarda universitária.
Ao que parece, com a convocação do ato, a direção do FAU suspendeu as atividades presenciais no dia, já que o prédio estava vazio e com luzes apagadas.