Estamos em um dos mais dramáticos para a classe trabalhadora brasileira. A crise sanitária gerada pela pandemia do novo coronavírus encontra no país governado pelo genocida Bolsonaro um terreno fértil para se expandir e promover mortes e destruição. Já estamos na casa dos 400 mil mortos pelo vírus, com número diários de mortes acima dos 3 mil. O sistema de saúde em todos os estados está em colapso. Enquanto isso, o presidente segue sua política genocida, atrasando o cronograma da vacinação e boicotando mesmo as parcas e insuficientes medidas de isolamento social definidas pelos governadores.

Essa crise sanitária se converte também em crise econômica e social. Milhões de trabalhadores estão desempregados, e muitos já estão passando fome. A política genocida do governo Bolsonaro, de incentivo a uma suposta imunidade de rebanho que significou uma espécie de “deixar morrer,” teve também graves consequências econômicas e sociais.

Diante disso, para enfrentarmos de fato os efeitos da pandemia, garantindo vacina para todos, quarentena social ampla com garantia de emprego e auxílio emergencial digno para os informais e desempregados, dentre outras medidas urgentes de combate à pandemia, é uma necessidade botar para fora esse governo negacionista e genocida de Bolsonaro e Mourão!

No entanto, embora toda a unidade de ação para derrubar o governo seja válida, o inimigo do meu inimigo não necessariamente é meu amigo. A política genocida de Bolsonaro também expressou-se, ainda que com algumas diferenças de grau, na política de governadores e prefeitos, que nunca garantiram uma quarentena efetiva, e que inclusive agora impõe o retorno presencial das aulas da rede básica de ensino, mesmo no pior momento da pandemia. Além disso, o governo aproveita a crise para “passar a boiada” em cima dos nossos direitos, avançando na agenda de contrarreformas, atacando o funcionalismo público, privatizando estatais e rebaixando ainda mais as garantias de direitos para os trabalhadores. Nesse plano, de aproveitar a crise para reforçar os ataques, Bolsonaro tem o apoio direto de boa parte dos governadores e dos partidos presentes no Congresso. Mesmo os partidos de oposição como PT e PC do B, embora votem no congresso contra algumas dessas medidas, nos estados onde governam as aplicam sem pestanejar.

O 1º de maio é uma data histórica de luta dos trabalhadores! Infelizmente, as grandes centrais sindicais, como CUT, CTB, Força Sindical, UGT, e até mesmo uma das Intersindicais aprovaram realizar um ato unificado neste dia, no qual convidarão vários inimigos da luta da classe trabalhadora, como o presidente da Câmara, Lira, o ex-presidente da câmara, Rodrigo Maia, o ex-presidente FHC, e mesmo governadores como Doria! É inaceitável que manchem esse dia de luta dando palco para pilantras!

Em face disso, a CSP-Conlutas e uma das Intersindicais, a Intersindical – Instrumento de Luta da Classe Trabalhadora, estão chamando para um ato Virtual com Independência de Classe, a ser realizado no sábado, dia 1º, das 11h às 13h. O ato terá transmissão na página do Sintusp no Facebook
O Manifesto de convocação desse ato pode ser acessado no link: https://bit.ly/3dRuzF9