POR CONTRATAÇÕES EFETIVAS IMEDIATA DE TRABALHADORES E POR MELHORES CONDIÇÕES DE TRABALHO NA SAÚDE

Os servidores técnico administrativos da USP, reunidos em assembleia realizada no dia 20 de janeiro de 2022, manifestam seu apoio aos trabalhadores da saúde que, desgastados pelos três anos de crise sanitária, vêm à público denunciar a situação precária que enfrentam no dia a dia de seu trabalho e reivindicar melhores condições para atender à saúde da população.

A pandemia de COVID-19 se arrasta por quase dois anos e agora é agravada pela epidemia de Influenza, no entanto, quase nada foi feito pelo poder público no sentido de reforçar a atenção à saúde da população ou promover melhores condições de trabalho para quem atua dia e noite para atender a população. Durante os dois anos de crise sanitária, as disputas político-ideológicas só fizeram atrasar as medidas necessárias para enfrentamento da pandemia e atrapalharam ainda mais o trabalho na saúde. Os governos federal e estadual nada fizeram para ampliar e fortalecer o SUS, como política de saúde pública, nem tão pouco tomaram providências para contratação efetiva de trabalhadores de saúde em número suficiente e com qualificação adequada para atuar na rede de atenção à saúde.

Mais uma vez os casos de Covid-19 batem recordes e as pessoas com sintomas gripais lotam os serviços de saúde, que não têm mais condições de atender à alta demanda de atendimento, por falta de profissionais, que estão adoecidos e sobrecarregados e por falta de testes, medicamentos e Equipamento de Proteção Individual (EPI). Muitos trabalhadores estão afastados por COVID-19 e Influenza e, outros tantos, por condições de saúde mental, decorrentes do esgotamento causado pela pandemia.

Para garantir a atenção aos doentes, vacinação, acompanhamento de crianças, gestantes, idosos e monitoramento dos casos, precisamos da ampliação de equipes de saúde, com EPI adequados, testes em quantidade e qualidade adequadas e medicamentos necessários para os tratamentos. Por isso, apoiamos a luta dos trabalhadores da saúde e somamos nossa força em favor de suas reivindicações por contratações efetivas para recomposição das equipes que já atuam, e ampliação da rede de atenção, em busca de preencher os vazios assistenciais que temos em todos os níveis de atenção.

Declaramos nossa solidariedade a essa luta, que abrange: divulgação de uma Carta Aberta, assinada por diversos sindicatos da área e dirigida à população de São Paulo, ao secretário municipal de Saúde e às OSS que atuam na Atenção Primária à Saúde no município, onde são apresentadas as reivindicações diante do terrível quadro em que se encontram hoje os profissionais devido ao agravamento da pandemia e do surto gripal. Acrescentando que no dia 19/1, de forma arbitrária e cerceando o direito de greve, a prefeitura entrou com ação aceita pela justiça de considerar ilegal a paralisação dos médicos/as!

Apelamos aos gestores que atender às justas reivindicações de médicos, enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem, farmacêuticos, recepcionistas, agentes comunitários, nutricionistas, psicólogos e tantos outros que atuam incansavelmente no combate à pandemia, é contribuir para salvar vidas.

Com isso ratificamos as reivindicações dos trabalhadores da saúde:

– Por contratação de mais equipes para atendimento na unidades básicas

– Por condições adequadas de atendimento: medicamentos, testes, EPI

– Por um plano de enfrentamento ao COVID e reabertura da mesa de negociação do município

– Por mais saúde para todos!

São Paulo, 20 de janeiro de 2022

Assembleia Geral dos Trabalhadores da USP