Durante a reunião do Conselho Universitário do dia 27 de maio, os representantes dos trabalhadores destacaram que mesmo com os reajustes recentes anunciados pela COP (Comissão de Orçamento e Patrimônio), o comprometimento da folha de pagamento está abaixo dos 85%, o que demonstra que há sim dinheiro para a recuperação salarial que pleiteamos, retomando o poder de compra que tínhamos em 2012. A arrecadação do ICMS segue em crescimento, reduzindo ainda mais o percentual do orçamento comprometido com salários das três universidades. Pablito destacou que, mesmo considerando os reajustes, “nós vamos ficar ainda com uma perda significativa de salários, que o Fórum das Seis calcula em torno de 22 salários, que os trabalhadores e os professores das universidades deixaram de receber durante esse período”.
Na negociação fake que ocorreu no dia 26/5, o Fórum das Seis apresentou uma contraproposta de reajuste salarial de 8%, que, embora seja inferior ao valor que pleiteamos como perdas salariais, é bem rebaixada frente o crescimento do ICMS projetado pela Secretaria da Fazenda, que pode chegar a 10,8%. Os reitores, porém, mantiveram a postura intransigente, não servindo para avançar em nada as demandas da Pauta Unificada que apresentamos. Neli lembrou ao reitor que os funcionários técnicos-administrativos ficaram 10 anos sem progressão na carreira, o que contribuiu para o caixa bilionário da universidade, enquanto sentíamos no bolso as perdas salariais
Outro ponto de destaque foi a reivindicação pelo aumento do Vale Refeição, já que o valor atual não cobre os custos de alimentação nos restaurantes próximos a USP. Nossos cálculos apontam que o VR deveria ser de pelo menos R$ 81. Nossos representantes reafirmaram a exigência de R$1.200,00 fixos para valorização dos menos salários da USP e a concessão do auxílio funeral diante de casos em que famílias de funcionários só conseguiram realizar enterros dignos graças a vaquinhas entre colegas.
Sobre as condições de, Neli denunciou a precariedade do barracão da ECA, com estrutura deteriorada e insalubre. Pablito a situação do Serviço de Verificação de Óbito da capital que foi matéria na grande mídia, inclusive, e do Hospital Universitário, onde a taxa de mortalidade por fratura de fêmur chega a 32%, segundo informe que recebemos de médicos do HU, devido à falta de condições adequadas. Foi ressaltado “80% ou mais do quadro de funcionários do restaurante central e dos outros que foram inclusive terceirizados, estão adoecidos, física e psicologicamente, resultado da política de falta de contratação. Por fim os representantes denunciaram a situação das trabalhadoras terceirizadas, cujos vestiários, refeitórios estão extremamente deteriorados e que, até agora, O BUSP não foi concedido às trabalhadoras terceirizadas.