Denunciamos mais uma vez um grave caso de assédio moral contra um salva-vidas, repetindo o histórico que denunciamos em 2015, envolvendo a mesma professora, além da precarização das condições de trabalho no Centro de Práticas Esportivas da USP (CEPEUSP).

Assédio Moral contra Salva-Vidas no Conjunto Aquático

No dia 26 de abril de 2025, o funcionário salva-vidas do CEPEUSP foi vítima de assédio moral praticado por uma professora plantonista. Mesmo ciente do quadro reduzido de profissionais — abaixo do mínimo estabelecido por lei para garantir a segurança dos usuários das piscinas coletivas — a professora, sem estar presente fisicamente na unidade, determinou por telefone a abertura do conjunto aquático, desconsiderando os argumentos técnicos e legais apresentados pela equipe de salva-vidas. A ordem foi dada em tom autoritário e ameaçador, com a promessa de retaliação caso não fosse cumprida, configurando clara intimidação e abuso de poder1.

O funcionário, exercendo seu direito legal de recusa diante de risco grave e iminente à vida e à saúde, manteve o espaço fechado, conforme prevê a NR-1 do Ministério do Trabalho. A pressão sofrida resultou em grave crise de saúde, levando o trabalhador ao pronto-socorro com sintomas compatíveis com infarto e afastamento médico orientado para acompanhamento psiquiátrico1.

Esse episódio não é isolado: a sobrecarga de trabalho, a ausência contratações de salva-vidas, o autoritarismo das chefias e os interesses privatistas da direção e da reitoria estão levando os funcionários à exaustão física e ao adoecimento mental.

Escorpiões e carrapatos colocam em risco funcionários/estudantes frequentadores do CEPEUSP

Além do graves caso de assédio moral, denunciamos também a negligência da direção do CEPEUSP e da Reitoria da USP diante dos riscos ambientais presentes no campus. A presença de escorpiões e carrapatos transmissores da febre maculosa é uma realidade que exige cuidados constantes. Embora a universidade afirme adotar protocolos de controle, campanhas e monitoramento, é notório a presença desses vetores que preocupa trabalhadores e frequentadores.

Mesmo com laudos recentes apontando baixo risco de infecção por febre maculosa em áreas como a Raia Olímpica, o histórico de surtos na região e a circulação de capivaras — hospedeiras do carrapato-estrela — exigem transparência, investimento contínuo em prevenção, treinamento e fornecimento de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para todos os trabalhadores. A responsabilidade de garantir um ambiente seguro é da direção do CEPEUSP e da Reitoria da USP.

O SINTUSP reafirma: não toleraremos práticas de assédio moral, adoecimento de trabalhadores e descaso com a saúde coletiva. Basta de adoecer trabalhando! Basta de assédio moral e autoritarismo na USP!