Uma trabalhadora terceirizada da Albatroz, que cuida da vigilância na USP, foi punida com um dia de suspensão e recolhida pela empresa depois de ter seu pé bastante machucado por causa do calçado oferecido pela empresa. A trabalhadora, apresentou o atestado e a recomendação para seu superior e, seguindo recomendação médica, foi trabalhar com um sapato próprio, mais adequado para garantir a cicatrização e não gerar novas feridas e lesões. No entanto, além da empresa não garantir uniformes adequados aos trabalhadores, ela ainda foi duramente punida.

Ao tentarmos apresentar essa queixa à COPERT, na última reunião do dia 22, para que a USP tome providências para garantir a saúde e segurança física dos trabalhadores da universidade, fomos interrompidos pelo procurador que afirmou que não iria receber a denúncia, que a Copert não iria tratar nada referente aos trabalhadores terceirizados. Um absurdo que os interlocutores da reitoria sequer recebam as queixas trazidas pelo sindicato referente aos trabalhadores terceirizados. O procurador afirmou que deveríamos apresentar queixas referentes a quebras contratuais a Codage.

O absurdo é que não se trata apenas de quebras contratuais e de encaminhar e-mails que ficam sem respostas. Os trabalhadores dessa empresa estão sujeitos a todo tipo de desmandos da Albatroz, com transferências e substituições feitas na calada da noite, demissões entre outros absurdos. E o problema é que a USP não só finge não ver como, ao avançar com a terceirização, respalda esse tipo de política das empresas reforçando a ideia de que o trabalhador é uma mera mercadoria.

A Albatroz, para garantir a maior margem de lucro possível, pune os trabalhadores que ficam doentes. É preciso dar um basta nesses absurdos e cobrar a USP da sua responsabilidade sobre todos que trabalham nesta universidade.