Contra a escala 6×1 que superexplora a nossa classe! Lutar pela redução da jornada sem redução de salário! Pela revogação da reforma trabalhista e do Arcabouço Fiscal!

Um pouco sobre a história do Primeiro de Maio … No 1º de Maio, Dia Internacional dos Trabalhadores, lembramos a luta dos trabalhadores de Chicago que, em 1886, protagonizaram uma enorme greve geral contra as jornadas extenuantes que chegavam a até 16 horas diárias e as condições precárias de trabalho, exigindo a regulamentação e a redução da jornada de trabalho para 8 horas (8 horas de trabalho, 8 horas de lazer e 8 horas de descanso). Milhares de trabalhadores enfrentaram uma duríssima repressão e deram suas vidas pela redução da jornada. Os Mártires de Chicago simbolizam a força da classe trabalhadora frente à exploração e à violência patronal.

Hoje, essa luta segue viva! Em todo o país, a escala 6×1 representa a superexploração e o adoecimento físico e mental dos trabalhadores. Defendemos a redução da jornada sem redução de salário e combatemos projetos que ampliam a precarização e atacam nossos direitos.

Na USP, os ataques da Reitoria se intensificam: avança o projeto privatista de universidade que tem sucateado unidades como o Hospital Universitário, desmontado unidades operacionais de manutenção dos campi, como as prefeituras, e de permanência e assistência estudantil, como creches e bandejões. O aumento da sobrecarga de trabalho sobre funcionários e docentes se liga a implementação do marco legal da ciência e tecnologia e ao avanço da terceirização. As trabalhadoras terceirizadas são submetidas a salários ainda mais baixos, além dos constantes atrasos de salários e benefícios, e o descaso com condições básicas de trabalho. A ampliação da terceirização visa dividir e precarizar toda a categoria, efetivos e terceirizados, aprofundando a desigualdade e a exploração. Embora tenhamos conquistado o direito ao BUSP para terceirizados, exigimos sua imediata implementação, pois até agora a USP não cumpriu. Seguimos impulsionando o Manifesto Contra a Terceirização e Precarização do Trabalho, que pode ser lido e assinado em bit.ly/AssineContraPrecarizacao.

Nossa luta se soma às mobilizações nacionais contra os ataques dos governos e patrões, contra o Arcabouço fiscal de Lula-Alckmin, que congela investimentos e mantém a lógica de ajuste fiscal sobre as costas dos trabalhadores. Em São Paulo, lutamos contra Tarcísio e Nunes, que avançam nas privatizações dos serviços públicos, especialmente com ataques à educação, transporte e saúde.

Nossa luta é internacional! Nos solidarizamos com a brava resistência do povo palestino contra o genocídio em Gaza, por uma Palestina Operária e Socialista do Rio ao Mar, exigindo a imediata ruptura de todas as relações do Brasil com Israel, bem como a ruptura dos convênios da USP com universidades israelenses.

Denunciamos a violência policial, como o assassinato do imigrante senegalês Ngagne Mbaye pela PM paulista, expressão do racismo e da xenofobia a trabalhadores negros e imigrantes.

Nenhum imigrante é ilegal! A nossa classe é uma e sem fronteiras!