Hoje na entrada do IAG, no campus da capital, ambulância e carros da guarda cercavam o prédio. Uma trabalhadora terceirizada morreu, ao que parece de um infarto fulminante, dentro do vestiário. Não foram dados nomes nem os dados da trabalhadora para que pudéssemos homenageá-la. Aos familiares, amigos e colegas da funcionária deixamos nosso mais profundo pesar e solidariedade. E compartilhamos da indignação de alguns colegas ao ver que a unidade se manteve funcionando como se nada tivesse acontecido, com o corpo da trabalhadora ainda lá a espera do IML.
Não deixa de ser chocante que num momento de profunda tristeza, os dirigentes da unidade a mantenham funcionando enquanto ali jaz um corpo de uma trabalhadora que é parte da história da USP. Não deixamos de pensar que se fosse um professor morrendo em uma sala de aula o tratamento seria diferente. A música de Chico Buarque, Construção, nos vem à cabeça.
“Por esse pão pra comer, por esse chão pra dormir
A certidão pra nascer e a concessão pra sorrir
Por me deixar respirar, por me deixar existir
Deus lhe pague”