Na pauta do CO estava como ponto central a aprovação das Diretrizes Orçamentárias para o ano de 2025. O documento aprovado pode ser visto aqui.

Em linhas gerais, na apresentação feita pela COP, foi destacada a previsão de arrecadação do ICMS para o próximo ano, que é de 183 bilhões. Lembrando que em 2024 a arrecadação real superou em mais de 10 bilhões a previsão inicial da secretaria da fazenda. No documento das diretrizes, está previsto um aumento dos gastos com pessoal de 14,89% (isso não significa que essa seja a previsão de reajuste salarial, já que aqui também estão incluídas as novas contratações de docentes e funcionários, além dos benefícios).

Neste ponto, nossos representantes questionaram a existência dos Parâmetros de Sustentabilidade, que foi aprovado sob bombas da PM em 2017 e que é o mecanismo utilizado pela reitoria para justificar arrocho salarial e cortes de verbas. Também defendemos a necessidade de recomposição do poder de compra dos nossos salários em relação a maio de 2012, bem como a necessidade de um Plano de Carreira efetivo, que tenha previsão orçamentária anual e critérios objetivos. Apresentamos ainda a defesa de mais verbas para o HU e para as medidas de saúde do trabalhador. As falas dos nossos representantes podem ser vistas aqui.

Durante as falas livres, que são realizadas ao final da reunião do CO, os nossos dois representantes presentes à reunião tocaram em diversos pontos.

O representante Reinaldo Souza agradeceu à categoria pelas duas vezes em que foi eleito, com apoio da assembleia de trabalhadoras(es), e despediu-se do CO, já que esta foi a última reunião de seu mandato. A partir da próxima reunião assumirá o companheiro Marcelo Pablito. Também destacou que o recuo apresentado pela reitoria no tema da carreira foi fruto da mobilização dos trabalhadores, e defendeu que seja efetivada a conquista da concessão do BUSP para as(os) trabalhadoras(es) terceirizadas(os).

Já a representante Neli Wada apresentou nossa solidariedade aos estudantes que foram processados em função da defesa da Palestina e contra o genocídio praticado pelo Estado de Israel. Neli também destacou a situação dos motoristas da USP, que são forçados a trabalhar muitas horas para além da jornada e do que é permitido em nosso Acordo Coletivo. Além disso, destacou que especialmente os motoristas do Pool não recebem horas extras, ao contrário do que ocorre em algumas unidades. Por fim, ela ainda denunciou a demissão arbitrária ocorrida no ICMC de São Carlos de um companheiro cedebista do sindicato, que é o Bruno Chaaban, cobrando a reversão dessa demissão no recurso que foi apresentado ao reitor. Neste ponto, o reitor já havia se comprometido a avaliar o caso, e respondeu que o recurso ainda não chegou em suas mãos (em breve soltaremos um boletim específico sobre esse caso). Veja as falas dos representantes aqui.