Formulamos uma denúncia que este sindicato recebeu, referente a diversos episódios de assédio que tem ocorrido na Prefeitura do Campus USP de Lorena. No dia 14 de agosto de 2024, véspera de um feriado prolongado, um funcionário procurou o Sr. Prefeito para conversar e vivenciou situações constrangedoras.

Desde a manhã deste dia, o funcionário foi alvo de comportamentos inadequados por parte da secretaria do prefeito, Sra. Leticia e de seu esposo, Willian, que se apresenta como chefe imediato do funcionário. Marcaram uma reunião com o Prefeito e o funcionário durante o horário de almoço, e apesar das indagações do referido funcionário, sobre a referida reunião, não respondidas, foi submetido a uma espera de mais de duas horas, durante a qual sofreu chacotas e risadinhas. Quando o Prefeito se retirou as 12:30 horas, o funcionário perguntou pela quarta vez sobre a reunião e a secretaria confirmou que ele havia ido embora, sem atender o funcionário, como se fosse esquecimento.

Ainda no mesmo dia, por volta das 14:30 horas, o Sr. Willian, dirigiu-se à sala deste funcionário e agendou uma reunião com o prefeito as 16:30 horas, envolvendo inclusive outros funcionários da prefeitura. O funcionário indagou sobre a necessidade da presença dele nesta reunião, uma vez que as 16:30 horas, era horário de saída e após confirmação do Sr. Willian, foi obrigado a comparecer.

Na reunião os funcionários perceberam que tratava-se de um discurso de ódio, onde o Prefeito (Prof. Dr. Amilton Martins dos Santos), no pátio da Escola de Engenharia de Lorena, ofendia os funcionários públicos da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo, incorporados pela USP, principalmente aqueles que prestam serviços na Prefeitura do Campus da USP de Lorena. O tom da fala do Prefeito era agressivo e hostil, desmerecendo a capacidade dos servidores ao afirmar que alguns apresentavam limitações físicas: “um é caolho, outro manca, outro não pode abaixar, outro não pode subir” insinuando que não trabalhavam adequadamente.

Sentindo-se envergonhado e perplexo ao perceber que o Prefeito (Prof. Dr. Amilton Martins dos Santos) em um momento dirigia suas palavras ao funcionário, pois estava olhando dentro dos seus olhos, ao questioná-lo se estava se referindo a ele, recebeu uma resposta hostil, onde ele, o prefeito, afirmou que “tem que ser muito babaca mesmo” e “que a prefeitura não é asilo” continuando ofendendo a este funcionário, junto com outros presentes, alegando que se estivessem em uma empresa privada, eles já teriam sido demitidos há muito tempo.

Senhor Prefeito, ASSÉDIO MORAL e ETARISMO é crime.

Assim, o SINTUSP alerta o Prefeito e repudia sua conduta e a dos seus assessores, que tomará as devidas providências.