Fazem 10 dias que enviamos à reitoria o pedido de reunião de urgência para tratar dos problemas da portaria GR 8607/2024 e até agora NENHUMA RESPOSTA. Um enorme absurdo e desrespeito com os trabalhadores que seguem sem poder minimamente recorrer aos critérios injustos da carreira.

Um funcionário com 48 anos de USP, com as mãos calejadas de vários anos manejando as pesadas máquinas da gráfica da FFLCH foi excluído de concorrer à carreira por um erro técnico, de uma avaliação elitista e confusa.

Outra, que a chefia não a conhecia, a avaliou de ouvir falar e com isso excluiu a funcionária da justa progressão.

Funcionários que trabalharam por uma década, mas se afastaram por algum problema de saúde, não puderam ser avaliados e foram excluídos depois de mais de 10 ANOS SEM PROGRESSÃO!

Funcionários que criaram todos os procedimentos do setor, protocolos de atendimento de demandas, que auxiliaram milhares de estudantes, foram excluídos por que sua chefia quis ser ultra rigorosa numa avaliação que sequer ela entendeu do que se tratava.

Chefias que decidiram avaliar seus funcionários pelos problemas de saúde e não pela competência do trabalho. Chefes assediadores que destilaram raiva nas avaliações e que apresentaram uma série de argumentos que comprovam o assédio tiveram a palavra final sobre a progressão dos avaliados. Os pares, quem trabalha no dia a dia dividindo as funções conosco não contaram em nada no final das contas. Nessa avaliação para “inglês ver” se viu toda sorte de injustiças. E a reitoria, os senhores Carlotti, Maria Arminda, Wilson, João Maurício, Freitas, todos com seus altos salários ignorando os apelos dos trabalhadores. Parafraseando Brecht “Alguns dirigentes da USP são absolutamente incorruptíveis. Ninguém consegue induzi-los a fazer justiça.”

Na Assembleia do dia 07 de novembro, aprovamos levar a demanda pelo fim das cláusulas excludentes em todos os fóruns da USP. Amanhã, às 14h o Conselho Universitário estará reunido e nossos representantes denunciaram as cláusulas excludentes do processo de progressão da carreira. Na quinta-feira, dia 14, faremos um ato-vigília durante a reunião do Conselho Gestor do Campus para exigir a aprovação do Busp para as trabalhadoras terceirizadas e vamos também denunciar o autoritarismo da reitoria frente ao processo de avaliação e progressão. Aprovamos buscar as chefias que possam fazer pareceres favoráveis aos funcionários como mais um instrumento de apelo à reitoria para que revejam a avaliação.

A Assembleia votou também tomar diversas medidas jurídicas para garantir que aqueles que foram excluídos ou prejudicados possam concorrer à progressão. Vamos buscar o Ministério Público do Trabalho para que interceda favoravelmente junto à reitoria para que possamos debater os critérios da carreira. Votamos também consultar o corpo de advogados do SINTUSP ou um especialista em direito administrativo para ajuizar ação coletiva questionando a ausência de possibilidade de recurso contra a decisão da chefia que impediu a inscrição do trabalhador no processo de progressão, desrespeitando o artigo 37 da Lei 10.177/1998, para garantir que todos possam concorrer à progressão sem interromper o processo em curso.