Nesta quarta-feira, 1°de maio, dia internacional dos trabalhadores, participamos de um significativo ato Internacionalista, Classista e independente de Patrões e Governos, em frente ao Teatro Municipal, na Praça Ramos de Azevedo. Diferentemente do Ato governista, que aconteceu no Itaquerão, para o qual foram convidados o Governador bolsonarista, Tarcísio de Freitas, o prefeito Ricardo Nunes e o presidente da Câmara dos deputados, Arthur Lira: todos representantes da extrema direita e dos patrões, que por sinal nem aceitaram o convite. E assim como eles, os trabalhadores também não aceitaram o convite e não aderiram ao evento que segundo matéria da Folha de São Paulo, só havia cerca de 2000 pessoas. Número muito longe do esperado dado o investimento que foi feito pelas burocracias sindicais.
A classe trabalhadora e o povo pobre de nosso país não irão melhorar suas condições de vida, apoiando o governo de conciliação de classe, por isso devemos construir um forte movimento de oposição para lutar pelas demandas de todos, de forma independente dos patrões e dos governos!
Neste ato que participamos, houve fortes denúncias contra as medidas dos governos que comprometem os serviços públicos e prejudicam a população, caso das privatizações e ataques à Sabesp, Metrô, CPTM, educação, saúde, Fundação Casa etc. Nesse sentido, as falas reivindicaram o fim da política do Arcabouço Fiscal, das privatizações, anulação da Reforma Trabalhista, da Previdência e do Ensino Médio; bem como a retirada do PL dos Aplicativos! Reafirmando o apoio às greves dos servidores públicos e dos demais setores em luta pelos direitos da classe trabalhadora e do povo pobre!
Várias falas contundentes, especialmente a de SorayaMisleh, denunciaram o genocídio na Palestina, declarando toda solidariedade à resistência do povo palestino, que há mais de seis meses, sofre com o verdadeiro genocídio levado adiante pelo Estado de Israel que já matou mais de 34 mil pessoas, em sua maioria mulheres e crianças. E fundamental exigir do governo Lula o rompimento imediato de todas as relações diplomáticas e comerciais com a ocupação sionista, como fez o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, que declarou no dia 1º de maio, o rompimento das relações diplomáticas com Israel!
Ver AQUI fala de Soraya Misleh (jornalista palestina e militante da CSP-Conlutas)
As falas também defenderam a luta das mulheres contra o machismo, contra o feminicídio, pelo direito ao aborto e contra a violência e a discriminação à população LGBTQIA+. Bem como a luta das negras e negros contra o encarceramento em massa, morte e o racismo, denunciando as chacinas cometidas pela PM de Tarcísio: a maior da história de SP, desde o massacre do Carandiru.
Lembraram também da luta contra o genocídio do povo indígena e a dos povos originários por direitos e pelo povo pobre na luta por moradia digna! Todo apoio à luta pelo território, por moradia digna, pelo direito de plantar, morar e viver dignamente. Enfrentando os proprietários privados, latifundiários urbanos e rurais, especuladores imobiliários e banqueiros. Pelo direito de autodefesa e DESPEJO ZERO JÁ!
Este ato foi importante para manifestarem-se setores independentes dos patrões e dos governos, numa perspectiva internacionalista, classista e independente dos patrões e governos, diante da degeneração e decadência da sociedade capitalista, que impõem miséria e fome para nossa classe em todo o planeta! Diante disso, a alternativa é lutar e construir uma sociedade socialista, sem exploração e onde todos sejam iguais!