Os profissionais embarcados não têm medo de se sujar, são cabeças fortes, intensos, trabalham duro, são competitivos, orientados, apaixonados, fortes, às vezes grosseiros, mas honestos.

Para ingressar nessa profissão e preciso abrir mão muitas vezes de momentos importantes ao lado da família. É preciso muita dedicação e estudo. A maioria veio de uma infância modesta e está determinada a proporcionar mais do que aquilo que tinham.

Garantido: eles perdem aniversários, feriados, dias bons/dias ruins, e as emergências não planejadas, ano após ano. Eles não têm o prazer de ver sua mulher todas as noites ou de beijar seus filhos na hora de dormir, ou mesmo seus entes queridos em seu leito de morte.

Um homem do mar não vai por vontade própria para uma prisão de metal por semanas, enquanto ele tem que ir ao trabalho todos os dias, porque não há dias para ficar doente ou dar atestados. Ele come em horários agendados ou às vezes nem se alimenta. Trabalha o dia inteiro sob condições perigosas que vão de enchentes a tempestades, simplesmente porque o trabalho tem que ser feito.

Por que alguém faria isso??? Porque um homem do mar é altruísta! Encara longas horas difíceis de trabalho sabendo que não vai haver conforto, que vai ser tenso e que vai ser levado ao seu limite. Mais da metade do seu tempo é dedicado à sua embarcação, enquanto seu coração está sempre em casa.

Um homem do mar perdura dias em seu camarote, contando os dias para ter sua família ao seu lado.

Por quê?? PORQUE UM PROFISSIONAL EMBARCADO COLOCA AQUELES QUE AMA ANTES DE SI MESMO. Não é só amor verdadeiro, mas amor altruísta e uma verdadeira preocupação com o futuro da sua família!

Salve a Marinha Mercante!

Juliano de Souza – Marinheiro do navio Alpha Crucis