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A comunidade universitária foi surpreendida, no dia 24 de outubro, por um ofício encaminhado pela Pró-Reitoria de Graduação a todos os Diretores de unidade e Presidentes de Comissões de Graduação informando, em síntese, que o tempo de greve de cada curso seria considerado como falta para fins de registro de frequência dos(as) alunos(as). Trata-se de uma clara retaliação da Reitoria contra a greve estudantil, impedindo a reposição das aulas e ameaçando turmas inteiras com reprovação por terem aderido ao movimento.

Esse é um ataque ao direito de greve sem precedentes na universidade, colocando a gestão de Carlotti e Maria Arminda em lugar de destaque na história do autoritarismo da instituição. A ameaça é ainda mais grave por ocorrer após a Reitoria se comprometer, na negociação com os(as) estudantes em greve, que não ocorreriam punições por conta do movimento. A medida ainda se configura como uma punição coletiva, prática vedada até mesmo pela ordem jurídica de um país tão marcado pela arbitrariedade como o nosso.

Diante disso, o Sindicato dos Trabalhadores da USP repudia veementemente essa violência da Reitoria contra o direito de greve e contra todos os(as) estudantes que têm se levantado em defesa das condições de ensino e de trabalho na universidade. Prestamos toda nossa solidariedade diante dessa medida absurda e nos colocamos inteiramente à disposição na luta contra tamanho absurdo. Também chamamos o conjunto da nossa categoria a se somar às ações que buscam derrubar tal medida, a começar pelo ato que está sendo chamado para hoje (26/10), às 14h, em frente à Reitoria.

MEXEU COM UM, MEXEU COM TODOS!
NINGUÉM FICA PARA TRÁS!