Um dia após nossa paralisação e o Ato unificado com ao estudantes em Greve, a Copert chamou uma reunião às pressas com o sindicato na sexta-feira no final da tarde, imaginávamos que para negociarmos os pontos que aprovamos como contraproposta em Assembleia realizada na terça, 19/9 (que pode ser visto aqui) O prof. Wilson iniciou a reunião passando a palavra para o sr. Davi, membro do DRH, para apresentar a resposta aos itens que apresentamos como contraproposta à reitoria. Para nossa (não tão) surpresa assim, a resposta para todos os itens foi simplesmente NÃO!!!!

Os membros do sindicato começaram a questionar as respostas, exigindo uma negociação de fato. O Prof. Wilson, por sua vez, demonstrando a intransigência da reitoria, interrompeu nossas falas e disse que não haveria mais discussão dos itens, que a reitoria não iria negociar nenhum ponto para esse ACT, e questionou se iríamos assinar ou não o Acordo, nos termos que eles apresentaram. Evidentemente, respondemos que o tema será debatido em Assembleia chamada para o dia 27/9, e lembramos que há um indicativo de greve a ser votado na Assembleia também. Reforçamos que a mobilização cresce em toda a universidade, especialmente com o impulso da Greve estudantil, que pode contagiar nossa categoria.

Ao final, reforçaram a falta de disposição ao diálogo e a negociação, reafirmando que aguardavam o resultado da Assembleia para dar seguimento à assinatura do Acordo ou não.

Reitoria volta a alegar insegurança jurídica para não conceder recesso e nega inclusive estender prazo de compensação para casos específicos!

Questionamos o fato de não terem registrado na ata da reunião anterior da Copert a fala do prof. Wilson confirmando que a negativa da nossa proposta sobre o recesso era uma questão da disposição política da reitoria em avançar nesse tema. O prof. Wilson disse que não constaria na ata porque ele não teria dito isso, o que é um absurdo. Voltamos a cobrar que as reuniões sejam gravadas então, para que fique registrado o que se fala. Nesse ponto, o procurador Omar, presente na reunião, disse que o tema foi amplamente debatido na administração, e que do ponto de vista jurídico, embora não tenha nenhuma legislação negando essa possibilidade do recesso, não tem nenhuma autorizando, e que isso não traria segurança jurídica para a reitoria. De todo modo, posteriormente confirmaram que se tratava também de uma questão de política administrativa, e não somente jurídica.

Também colocamos a importância de extensão do prazo de compensação, pelo menos para casos específicos, como de pessoas que tiveram licença saúde ou maternidade no período. Alegando supostas questões jurídicas, mais uma vez isso foi negado.

Como vimos, tratou-se de uma reunião de enrolação, e pior, de tentativa de intimidação para respondermos se vamos ou não assinar o Acordo. É fundamental realizarmos reuniões em todas as unidades para discutirmos os próximos passos da nossa mobilização e abrirmos um franco debate com a categoria sobre a assinatura ou não do acordo.