A Assembleia Geral realizada nesta terça, 19/9, aprovou por ampla maioria a proposta de Paralisação na quinta, 21/9, em torno das nossas reivindicações para o Acordo Coletivo e também para unificarmos nossas forças com a luta estudantil, que já tem Greve aprovada em vários cursos.

No início de nossa Assembleia, alguns estudantes deram informes expressando a força da mobilização, em especial nos cursos da FFLCH, que já aprovaram Greve por tempo indeterminado por contratação de professores e contra o desmonte da Universidade. A mobilização ficou ainda mais forte após a ação autoritária do diretor da FFLCH, Paulo Martins, que tentou impedir o movimento.

Fizemos uma avaliação da negociação em torno do Acordo Coletivo, especialmente a partir do informe da última reunião da Copert e da “proposta” da reitoria de uso das abonadas nos dias do recesso. Ao final, a Assembleia votou que não aceita a proposta da reitoria, e exigimos uma nova reunião de negociação para seguirmos a discussão, e que essa reunião possa ocorrer até o final da semana! O conjunto da resolução aprovada apresentaremos em seguida!

Além disso, as várias falas na Assembleia reforçaram a importância de ligarmos as nossas demandas do Acordo Coletivo, em especial a luta contra o pagamento de horas das pontes e do recesso, à luta dos estudantes, em um único movimento que se coloque contra o projeto de privatização e desmonte da Universidade!

Aprovado indicativo de Greve a ser avaliado em próxima Assembleia

Também foi defendido na assembleia que, diante da “proposta” da reitoria acerca das nossas reivindicações no Acordo Coletivo, e considerando a crescente luta estudantil, fosse aprovado um Indicativo de Greve por tempo indeterminado a ser votado em uma próxima assembleia. Essa proposta foi aprovada por maioria na assembleia, e será discutida nas unidades e na assembleia que ocorrerá no dia da Paralisação!

Assembleia rechaça proposta da Reitoria, exige negociação e aprova contraproposta

Conforme informado acima, a assembleia votou por ampla maioria o rechaço à proposta da reitoria de uso das abonadas para o Recesso. Considerou-se uma afronta, na prática, fazer-nos abrir mão de um direito (a falta abonada) para pagar horas de dias que a Universidade não funciona, além disso os docentes, que também são funcionários públicos da instituição, não precisam pagar. De todo modo, como demonstração que estamos abertos a seguir a negociação, aprovamos a seguinte contraproposta:

– Realização de nova reunião de negociação, preferencialmente até o final dessa semana;

– Sobre pontes e recesso, apresentamos uma contraproposta: Não cobrança das horas do recesso de final de ano, e aceitar o uso das abonadas para quem quiser nos dias de ponte de feriado, e extensão das abonadas para até 12 ao ano!

Além disso, consideramos compromissos mínimos fundamentais na negociação:

– Extensão do prazo para compensação do atual banco de horas

– Garantia de liberação para atividades sindicais para os trabalhadores da base para participar de atividades do sindicato tais como cursos, seminários e afins

– Um calendário pra discussão dos outros temas que encaminhamos para eventuais aditivos em no máximo dois meses após a assinatura do ACT.

Indicativo de Adesão à Greve Geral do funcionalismo estadual em 3/10

A assembleia discutiu e aprovou o indicativo de adesão à Greve Geral do funcionalismo estadual, que é construída por vários sindicatos, que ocorrerá no próximo dia 03 de outubro. Este dia será um importante momento de luta contra os projetos de privatização da Sabesp, do Metrô e da CPTM.

Agora é fundamental levarmos essa discussão para as unidades, demonstrando que as questões que temos na USP são parte desse mesmo projeto de desmonte do funcionalismo levado adiante pelo Tarcísio, mas também pelo governo federal, que na prática manteve uma política de teto de gastos que afeta os serviços públicos. Avaliaremos o indicativo nas próximas assembleias.