Iniciaremos nos próximos dias uma Campanha de Filiação ao nosso sindicato. Após dois anos de pandemia, com o distanciamento social e a quarentena, vamos agora percorrer as unidades para conversar com todas as trabalhadoras e trabalhadores sobre a necessidade de fortalecer o seu sindicato.

Nossa categoria, utilizando o sindicato como sua ferramenta de luta, travou grandes batalhas desde pelo menos o final da década de 70, e obteve muitas conquistas. Ao longo da década de 80, em grandes greves, na época em conjunto com o restante do funcionalismo, nossa categoria foi resistindo aos efeitos da inflação galopante do período.

No final da década de 80, fruto da nossa luta, em conjunto com estudantes e docentes, conquistamos a autonomia universitária, e a partir daí nossos salários passaram a ser negociados diretamente com os reitores. Mais ou menos nesse período, conquistamos a primeira Carreira, na qual impulsemos que o piso da categoria na época chegasse a três salários mínimos.

Atravessamos os anos 90, travando inúmeras batalhas e conquistando o aumento de verbas para as universidades. Já nos anos 2000 travamos muitas lutas. De 2000 a 2010 tivemos mais de 300 dias de greves somadas, que garantiram nossos reajustes, e forçaram o então reitor Rodas a implantar uma nova Carreira, que apesar dos inúmeros problemas que ela tem na sua estrutura e teve nas avaliações, retomou naquele momento o piso da categoria para o patamar dos três salários mínimos.

Nos últimos anos, enfrentamos uma política de desmonte impulsionada por Zago e Vahan. Ainda assim, conseguimos resistir, como na heroica Greve de 2014, a mais longa da nossa história, com quase 120 dias, na qual conseguimos derrotar o arrocho naquele momento, bem como travar parte do projeto de Zago, barrando a desvinculação do HU que ele pretendia levar adiante.

Neste ano de 2022, conquistamos o reajuste de 20,67%, mas que ainda é insuficiente para repor todas as nossas perdas. Temos o desafio de seguir a luta pela recomposição dos nossos salários, bem como para elevar os menores salários. O piso da nossa categoria hoje equivale a 2,3 salários mínimos. Ou seja, R$1.400,00 a mais do que o piso do funcionalismo estadual, o que demonstra a força da nossa categoria e do nosso sindicato.

Mas ainda é insuficiente. Por isso fazemos a defesa de que além do reajuste proporcional, tenhamos também um valor fixo para todos, que incida com mais peso nos menores salários. Para lutar por isso e por outras demandas da nossa categoria, precisamos ter um sindicato forte. E o sindicato só será forte se os funcionários e funcionárias filiarem-se!

Sindicato forte e com presença nas unidades inibe assédio moral e fortalece luta por condições de trabalho!!!

A gente sabe que o trabalhador muitas vezes é submetido a pressões, quando não sofre diretamente diferentes formas de assédio, sobretudo de dirigentes da Universidade. Além disso, não são poucos os casos de inadequações nos locais de trabalho. Infelizmente tudo isso ainda acontece aos montes na USP. Agora imagine o trabalhador sozinho se levantando contra essas situações! É muito mais difícil, até porque a chance de represálias é maior.

Por essa razão, um sindicato forte, com apoio dos funcionários e com presença nas unidades, ajuda muito a combater esse tipo de situação. Basta vermos os exemplos das unidades onde o sindicato está mais presente, os dirigentes e chefias pensam duas vezes antes de tomar medidas inadequadas.

Conquistas no Acordo Coletivo dependem de fortalecer o Sindicato!

A mesma questão aplica-se ao nosso Acordo Coletivo. O atual acordo já tem alguns avanços importantes, como garantias de abono de dias para consultas médicas, um tempo maior de licença nojo, garantia de um período semestral para participar de reuniões de filhos, entre outros. Mas temos também uma série de demandas já aprovadas pela categoria que não foram aceitas pela reitoria, especialmente o abono das horas de recesso e pontes, bem como questões ligadas à saúde do trabalhador, estímulo à formação, entre outros pontos que possam surgir. A nossa experiência e a de outras categorias demonstram que quanto maior a participação da categoria, quanto mais luta e quanto mais forte for o sindicato, quanto mais filiados nosso sindicato tiver, maior é a possibilidade de obter avanços nas negociações com a reitoria.

Sindicato a serviço da categoria e de toda a classe trabalhadora!

Nosso sindicato tem uma concepção classista, que é algo muito importante. O que isso significa? Significa que entendemos que os funcionários da USP são parte da mesma classe social que categorias de trabalhadores. E há interesses comuns que unem todos aqueles que vivem do trabalho. Por isso, além de lutarmos por nossas demandas específicas, sempre manifestamos solidariedade com as lutas de outras categorias e movimentos populares, bem como construímos as lutas mais gerais contra os ataques a toda classe, como foi o caso da Reforma da Previdência, da Reforma Trabalhista, dentre outras. Sabemos que quanto mais precarizadas forem as condições de trabalho fora da USP, maior será a pressão para rebaixarem também nossas condições de trabalho aqui dentro. Por isso somos um sindicato a serviço das demandas de toda a classe trabalhadora.

Sindicato a serviço da categoria e de toda a classe trabalhadora!

Nosso sindicato tem uma concepção classista, que é algo muito importante. O que isso significa? Significa que entendemos que os funcionários da USP são parte da mesma classe social que outras categorias de trabalhadores. E há interesses comuns que unem todos aqueles que vivem do trabalho. Por isso, além de lutarmos por nossas demandas específicas, sempre manifestamos solidariedade com as lutas de outras categorias e movimentos populares, bem como construímos as lutas mais gerais contra os ataques a toda classe, como foi o caso da Reforma da Previdência, da Reforma Trabalhista, dentre outras. Sabemos que quanto mais precarizadas forem as condições de trabalho fora da USP, maior será a pressão para rebaixarem também nossas condições de trabalho aqui dentro. Por isso somos um sindicato a serviço das demandas de toda a classe trabalhadora.

O Sindicato somos nós

Muita gente fala do Sindicato como se fosse algo externo. Alguns acham que o sindicato é a Diretoria. E na realidade o sindicato é da categoria. Parece clichê, mas o sindicato somos nós e o que a categoria faz dele. No mesmo sentido, não é o sindicato que resolve as coisas. O sindicato é uma ferramenta, é algo que a gente utiliza para facilitar a solução dos problemas e para garantir nossas condições de vida e de trabalho. Mas assim como um martelo, por exemplo, só resolve algo se colocarmos nossa força e acertarmos a pontaria para colocar um prego na parede, o sindicato é como o martelo, vai depender da força que a categoria dá para ele. O martelo sozinho não coloca o prego na parede, assim como o sindicato sozinho não resolve nada sem a força da categoria.

O Sintusp é um sindicato democrático! Participe das reuniões e assembleias!

Para que o sindicato possa ter maior enraizamento na base, o Sintusp desde sua origem tem uma história de democracia interna! Nosso sindicato tem um Conselho com representantes das unidades, que é o CDB, que tem maior poder de deliberação do que a Diretoria. A própria diretoria executiva é uma diretoria colegiada, isto é, todos os diretores têm o mesmo poder decisório, ao contrário de muitos sindicatos que mantém estruturas presidencialistas. Além disso, e o mais importante, todos os principais temas são resolvidos em Assembleias da categoria, abertas a voz e voto de todas e todos. E ainda fazemos reuniões nas unidades para estimular a participação mais direta da base.
Em momentos de Greve, nosso movimento tradicionalmente forma um Comando de Greve, com representantes eleitos nas unidades, e a diretoria se dissolve nesse comando, que se transforma num organismo democrático de decisão e execução dos rumos do movimento.

Claro que sabemos que nem tudo é perfeito, e muitas vezes tem colegas que ainda não se sentem à vontade para se posicionar nos fóruns do sindicato. Mas certamente temos que valorizar toda a abertura democrática que nosso sindicato tem e ajudar a fortalecê-lo ainda mais.

Filie-se ao Sintusp

Para sermos essa ferramenta de luta da categoria, precisamos do apoio político, mas também financeiro. Afinal, o sindicato, para existir, precisa manter uma estrutura com funcionários, departamento jurídico, além dos gastos com panfletos, cartazes, faixas, carro de som e todo o aparato necessário para impulsionarmos nossa luta.

O Sintusp sempre foi contra o chamado imposto sindical, e nunca cobramos esse imposto. Sempre defendemos que a filiação deve ser voluntária! Mas para manter o sindicato e fortalecê-lo, precisamos de mais e mais filiadas e filiados!

Filie-se ao Sintusp por nosso site
https://www.sintusp.org.br/filie se/