Exigimos negociação para subir valores e do restante da pauta!

Neste sábado, 19/2, saiu a publicação das portarias GR 7693 e 7694 no diário oficial, que alteram os valores do VA e do VR. De acordo com a publicação, o Auxílio Alimentação vai para R$ 1.090,00 e o Vale Refeição vai para R$45,00 por dia trabalhado. Conforme noticiamos ao longo da semana, essa informação já estava circulando de maneira não oficial, ainda como boato, pela universidade ao longo da semana.

Depois de mais de dois anos de congelamento, entendemos como positivo que ocorra um reajuste também dos benefícios, ainda que tenhamos uma discussão histórica de que esses benefícios deveriam ser incorporados ao salário.

No entanto, sabemos que a inflação atinge especialmente os itens alimentícios, e que alguns itens básicos tiveram aumento vertiginoso, em alguns casos até mesmo dobrando de preço, como é o caso do café, por exemplo. Nesse sentido, o aumento de 220 reais no auxílio alimentação não recupera as perdas no poder de compra do nosso benefício. O mesmo se aplica ao VR.

Nossa reivindicação até o momento é:
VA – R$ 1.342,00 VR – R$58,40    

E o mais grave de tudo isso é que a reitoria tenha definido os valores sem abrir negociação com as entidades sindicais. A gestão, que se apresenta como a do diálogo, começa com uma péssima sinalização!

Esses valores consideram cálculos da inflação nos itens alimentícios até novembro de 2021. Além disso, incorporamos na nossa pauta específica, neste ponto dos benefícios, uma reivindicação de não haver mais o desconto de 20% do VR e de um Décimo Terceiro do Auxílio Alimentação, que seria uma espécie de cesta natalina.

Nesse sentido, exigimos negociar esses pontos e o conjunto da nossa pauta específica com a reitoria, assim que encaminharmos a negociação salarial.

E o Salário? Carlotti até o momento não respondeu ofícios do Fórum das Seis

Certamente o que mais preocupa a categoria é a luta pela recomposição de nossos salários. Sofremos com o congelamento dos dois últimos anos, e vários anos com reajustes abaixo da inflação. De acordo com cálculos do Fórum das Seis, para recompor as perdas desde 2012 para cá seria necessário um reajuste de 40%. Nesse momento, apresentamos uma reivindicação de 20% imediato retroativo a janeiro, e um plano de recuperação das perdas anteriores. Está na pauta também a necessidade de valorizar os extratos iniciais das carreiras, no nosso caso temos a proposta de um valor fixo (levamos ao Fórum a proposta de que a reivindicação seja de R$1.200,00) que incide mais nos menores salários.

Até o momento, no entanto, Carlotti, que é o presidente do Cruesp até abril deste ano, não respondeu os ofícios do Fórum das Seis, solicitando reunião de negociação da nossa pauta salarial.

O Fórum das Seis indica um dia de paralisação no dia 16 de março, primeira semana de aulas, com ato na reitoria da USP. E também aprova um indicativo de Greve para o início do semestre letivo caso nossas reivindicações não sejam atendidas. Não dá mais pra esperar, queremos os 20% Já!

Indignação toma conta dos trabalhadores do Bandejão com desrespeito da reitoria em Reunião da Copert!!!

Na última sexta, 18/2, conforme noticiamos no último boletim, ocorreu finalmente a reunião extraordinária da Copert, prometida pelo reitor, para resolvermos a situação do Bandejão Central. Desde meados de janeiro, os trabalhadores do bandejão estão paralisados, como resposta ao surto de Covid que houve no restaurante e do descaso das chefias. Na semana anterior, no dia 9, o reitor recebeu o sindicato para tratar da situação sanitária no conjunto da universidade, e a situação do bandejão foi bastante discutida naquele momento. O reitor ouviu nossa reivindicação de que o restaurante permanecesse fechado até o início das aulas, com os trabalhadores em permanência em domicílio e distribuição de marmitas para os moradores do Crusp. No entanto, naquele momento ele disse que não tomaria nenhuma decisão, que avaliaria a questão e agendaria uma reunião da Copert em breve para resolver o tema.

A Copert, que é a Comissão Permanente de Relações de Trabalho, é presidida pelo Diretor do DRH, nesta gestão foi nomeado o Professor Wilson Aparecido Costa de Amorim, da FEA. Além disso, há membros do DRH e da Procuradoria Geral. Para nossa surpresa, no início da reunião, o Professor Wilson diz que queria ouvir qual era nossa reivindicação! Posteriormente, outro membro da reitoria indagou novamente qual seria nossa reivindicação. Ora, um total desrespeito, afinal a paralisação sanitária dos companheiros do bandejão já dura mais de um mês, e já escrevemos em vários boletins, mandamos ofícios e falamos diretamente para o reitor qual era a reivindicação!

Apesar da nossa indignação, expressamos mais uma vez a demanda de que os trabalhadores do restaurante possam permanecer em domicílio até o início das aulas. Inclusive, destacamos que as aulas estão previstas para começar dia 14 de março, o que significa um período de menos de três semanas com os trabalhadores em domicílio, tempo que seria necessário inclusive para a administração poder avaliar as condições sanitárias do restaurante e planejar a reabertura de modo a garantir a segurança dos trabalhadores e dos próprios estudantes que usarão o serviço.

Para aumentar nossa indignação, o professor Wilson disse que agora entendiam a reivindicação, mas que a Copert não teria poder de decisão sobre o tema, e que levaria novamente para a administração da universidade e em breve (sabe-se lá qual o conceito de brevidade) retornariam. Ora, o reitor passou para a Copert resolver, e agora a Copert, aparentemente, vai devolver para o reitor resolver. E, enquanto isso, não há nenhuma satisfação para os trabalhadores!

Os funcionários do bandejão acompanharam a reunião, e diante dessa demonstração de descaso e desrespeito ficaram ainda mais indignados, e pretendem manter a luta até que haja uma resposta positiva para nossas reivindicações.

Exigimos uma reunião urgentemente com o Reitor ou alguém que ele designar para negociarmos essa questão. Mas precisa ser uma reunião com quem possa decidir algo, e não só pra enrolar novamente! Basta de descaso e enrolação!

Copert precisa agendar reunião urgente para tratar horas negativas e HRAC, e retomar calendário regular de reuniões!

Nessa reunião extraordinária da Copert, que “tratou” o tema do bandejão, também pretendíamos discutir algumas questões urgentes, como a questão das horas negativas do banco de horas de 2019/2021 (tema que o reitor prometeu uma resposta), a situação do HRAC e ainda fecharmos um calendário de reuniões ordinárias para tratarmos dos casos do cotidiano, como situações de transferências de funcionários, política da SAU, dentre outras questões.

No entanto, os membros da reitoria encerraram a reunião unilateralmente, sem que pudéssemos pautar essas questões. Nesse sentido, reforçamos aqui a exigência do agendamento de uma reunião urgente para tratar dos casos emergenciais, como essa questão das horas negativas e o do HRAC, bem como para fecharmos um calendário de reuniões ordinárias.

Entendemos que a gestão assumiu há pouco, mas temos demandas urgentes, e enquanto não avançamos na negociação, temos a velha política de sempre do DRH de dificultar a vida dos funcionários. Basta lembrar que até o momento a USP sequer autoriza que as pessoas possam ir tomar a vacina sem ter que pagar as horas depois. Um absurdo!