Declaramos nosso total e irrestrito apoio à luta dos docentes e trabalhadores da educação de ATEN que se mobilizam em defesa das condições de trabalho e contra a precarização da educação na Argentina.

Nos colocamos contra qualquer punição aos trabalhadores e docentes, contra o desconto dos dias parados dos lutadores e em defesa da liberdade de organização politica e sindical.

Achamos fundamental o chamado de uma frente em defesa da escola pública, pois sabemos que esta luta só pode triunfar a partir da aliança entre os trabalhadores, o povo pobre e todos aqueles que mais dependem de uma educação pública e gratuita.

No Brasil, em que o governo vende a imagem de “um país que avança”, a educação publica também vem sendo enormemente precarizada tanto pelos governos do PT de Dilma, do PSDB e demais partidos burgueses, que fazem de seus governos verdadeiros balcões de negócios que entregam fortunas aos empresários enquanto mantém miseráveis salários para os professores e trabalhadores da educação, mantém salas super-lotadas e degrada as escolas públicas que são justamente onde estudam os filhos dos trabalhadores.

Ao mesmo tempo tenta privatizar as universidades públicas como a USP, colocando todo o conhecimento produzindo a serviço dos lucros das empresas e não das necessidades do povo pobre. O trabalho precário de milhões de professores também ganha sua cara mais perversa no interior da chamada “universidade de excelência”, onde sobrevive o trabalho semi-escravo das trabalhadoras terceirizadas.

Aqui também os trabalhadores e estudantes que lutam contra a precarização e o projeto privatista da burocracia acadêmica são os alvos prediletos da perseguição politica e do patrulhamento ideológico, como vêm ocorrendo agora com dezenas de estudantes e toda a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores da USP.

Com o avanço da crise econômica internacional, a repressão aos setores que lutam será cada vez mais empregada pelos patrões e pelos governos como mecanismo de aprofundar a exploração aos trabalhadores em todo mundo, por isso, se coloca na ordem do dia avançarmos no internacionalismo proletário para impor que sejam os patrões que paguem pela crise criada por eles mesmos.

São Paulo, 11 de março de 2013.
Diretoria Colegiada Plena do Sindicato dos Trabalhadores da Universidade de São Paulo