As trabalhadoras e trabalhadores do bandejão central da USP paralisaram as atividades desde ontem (12/01). Mesmo com fluxo reduzido de estudantes e férias de muitos funcionários: foram 10 casos positivos de covid-19 nos últimos dias, e mesmo após tentar debater a situação com a direção do restaurante diversas vezes, não houve retorno.

Após o início da paralisação, o assunto foi levado à SAS e à Comissão Assessora da reitoria, e a resposta foi que os trabalhadores não se enquadram no critério de “contactante próximo” das diretrizes e que deveriam trabalhar normalmente, já que não haveria mais ninguém com sintomas.

Também foi informado que a USP não havia se preparado para essa situação de fazer testes, o que é um completo absurdo, que já criticamos inúmeras vezes, ainda mais passados praticamente 2 anos do início da pandemia. O que existe de fato é um descaso sem tamanho da USP com a vida dos trabalhadores.

EXIGIMOS TESTES JÁ E NENHUMA PUNIÇÃO AOS TRABALHADORES!

É urgente que a USP providencie testagem imediata para todos trabalhadores do bandejão, e que seja estabelecido um protocolo de testes e controle mais rigoroso, dado o grande risco de contaminação no local de trabalho.

Também exigimos que não haja nenhuma medida por parte das chefias e dirigentes no sentido de punir os trabalhadores pela luta, e qualquer tentativa de assédio ao movimento será denunciada e combatida.

Dada a gravidade da situação, reforçamos todos os pedidos de que o sindicato seja recebido pela reitoria para que nossas necessidades sejam concretamente consideradas nos planos de prevenção a contaminações no trabalho, conforme já cobramos no último boletim.

A PARALISAÇÃO DA SAS MOSTRA O CAMINHO!

É fundamental que nossa categoria se atente a esta importante mobilização! Assim como a greve sanitária que fizemos contra o retorno presencial em 2020 e as paralisações no HU que conquistaram coisas importantes como EPIs e vacinas, esta luta é de todos nós e certamente será muito necessária enquanto a USP mantiver a intransigência e autoritarismo na condução da pandemia, que necessariamente leva nossa categoria e se expor de forma absurda aos riscos de contaminação por covid-19.

Devemos apoiar concretamente esta luta e sobretudo aprofundar as discussões em todas as unidades da USP, acerca das condições em que está sendo imposto o retorno em cada local, procurando organizar as reivindicações que garantam a redução dos riscos e mobilizar a categoria para conquistar a implementação destas medidas!