A empresa terceirizada L&N pediu para sair da Faculdade de Saúde Pública, mas quer que quem pague a conta sejam os trabalhadores. Em vez de garantir todos os direitos de quem ela própria está deixando para trás, está chantageando e assediando para empurrar mudanças de jornada e que os funcionários abram mão de verbas rescisórias.
Na FSP, a L&N Empreendimentos decidiu romper o contrato e sair da unidade, o que em qualquer lógica mínima significaria demissão sem justa causa e pagamento integral de todos os direitos para quem não quiser ou não puder ser transferido. Em vez disso, a empresa está pressionando os trabalhadores a aceitarem transferência para a Faculdade de Medicina com aumento de jornada e trabalho aos sábados, rasgando o contrato de 40 horas semanais de segunda a sexta!
Com a recusa dos trabalhadores em aumentar a jornada a L&N empurra os trabalhadores a pedirem demissão “por vontade própria”, o que livra a empresa de pagar a multa de 40% do FGTS e outras verbas rescisórias, transferindo para o bolso de quem ganha menos o custo da decisão patronal de romper o contrato. Isso combina assédio, chantagem e violação de direitos elementares, num cenário em que a terceirização já coloca esses trabalhadores em condição inferior em relação aos servidores da USP em termos de estabilidade, salário, jornada e condições de trabalho.
Os trabalhadores da L&N exigem que, já que a iniciativa de romper o contrato partiu da empresa, que ela arque com a demissão sem justa causa e com o pagamento integral de todos os direitos para quem não quiser ser transferido a transferência. Para quem for transferido, é inegociável a manutenção da jornada original, sem sábados, e o fim imediato das punições e suspensões arbitrárias que têm sido usadas para intimidar a categoria.
Essa é a cara da terceirização na USP. Empresas terceirizadas e fundações enchendo os bolsos às custas da dignidade e dos direitos básicos dos trabalhadores com a permissão e o incentivo da reitoria!
Basta! Por igual direitos e igual salários para todos os trabalhadores terceirizados. L&N pague os direitos dos trabalhadores, já!