Na última terça-feira, 21/10, realizamos um excelente debate para fundamentar a luta em torno de melhores condições de trabalho e a implementação do trabalho híbrido na universidade. A primeira mesa contou com excelentes debatedores, o pesquisador Gustavo Machado, o professor Murillo Van Der Laan e o sindicalista Fabiano dos Santos e tratou dos aspectos estruturais e os impactos da tecnologia no mundo do trabalho. A segunda mesa contou com a participação de diferentes categorias que implementaram o tele trabalho e tratou da luta de cada uma delas e os desafios em torno da questão. Estiveram na mesa Antonio Alves Neto, funcionário da Unicamp, Wilson Ribeiro, bancário aposentado, Herbert Claros da Silva, trabalhador da Embraer, Leando Lanfredi, petroleiro do Rio de Janeiro, Maristela Piedade, funcionária da UFRGS e José Carlos da Silva funcionário da UFABC.
Defender a demanda do Teletrabalho/trabalho híbrido seguindo os parâmetros iniciais a seguir:
- Fazer um levantamento de outras categorias em relação ao Teletrabalho para formular um plano de implementação;
- Defender a instituição do trabalho híbrido através do ACT, onde o trabalho seja computado por jornada e não seja por metas, a todos que queiram, sem que caiba a chefia o poder discricionário;
- Que haja alguma forma de compensação a aqueles cuja natureza do trabalho o impede de aderir ao trabalho híbrido;
- Exigir da reitoria a garantia de nenhum posto de trabalho fechado ou terceirizado sendo ele elegível ou não ao teletrabalho/trabalho híbrido;
- Exigir da reitoria adicional para que ela arque com os gastos com eletricidade e rede de internet a aqueles que aderirem ao trabalho híbrido;
- Exigir da reitoria mobiliário e equipamentos adequados para a realização do teletrabalho (home office);
- Apresentar uma proposta de projeto piloto pactuado entre o conjunto dos trabalhadores para ser apresentado à reitoria;
- Formar um Grupo de Trabalho para formular uma proposta de projeto piloto.
Como propostas gerais o seminário também aprovou:
1) Fortalecer a luta contra a reforma administrativa;
2) Realizar um Seminário nacional intercategorias sobre teletrabalho;
3) Seguir a discussão sobre o modelo de universidade que os trabalhadores querem contra o modelo defendido pela burocracia universitária de uma universidade mercantilizada, dos parâmetros de sustentabilidade econômico-financeira da USP, seguindo os moldes da universidade de Bolonha;
4) Considerar o impacto do trabalho híbrido na redução das emissões de gases de efeito estufa e consequentemente, como medida mitigadora dos efeitos da crise climática;
5) Consultar o departamento jurídico do Sintusp sobre as consequências da previsão nos editais de 2023 em diante do trabalho híbrido.