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Por Magno de Carvalho
Por volta de uma hora da madrugada de hoje, 24/9, nossos barcos navegavam bem próximos. Eu havia terminado meu turno de vigilância às 23 horas e dormia, como a maioria dos companheiros e companheiras do Sirius, quando soou o alarme. Rapidamente, estávamos todos no convés de proa, em nossos lugares predeterminados nos treinamentos, com nossos coletes salva-vidas afivelados, sapatos fechados, passaportes, celulares e medicamentos em mãos, como em todas as simulações.
Desta vez, eram drones que sobrevoavam a flotilha, lançando projéteis explosivos próximos a alguns barcos, sem atingir qualquer embarcação. De todos os barcos, víamos os drones e projéteis. E ouvimos as explosões. Foram 12 ataques ao longo de três horas. É claro que não houve erro de alvo: não quiseram atingir nossos barcos. Na minha opinião, o objetivo dos militares israelenses é a tentativa de desgaste psicológico, de tirar o nosso sono etc.
Não conseguirão nos abater. Nós nos inspiramos na resistência e na resiliência dos palestinos, que enfrentam um brutal e cruel genocídio e sobrevivem.
Venceremos!
