Nós do Sintusp, Sindicato dos Trabalhadores da Universidade de São Paulo, manifestamos nossa total solidariedade às trabalhadoras terceirizadas da limpeza da rede municipal de ensino de São Paulo. Essas trabalhadoras estam sofrendo com o constante atraso de pagamento do vale refeição e alimentação, além de irregularidades nos depósitos do FGTS.
Frente a essa situação chegaram a protagonizar uma forte greve no início do ano letivo e a empresa Lume, agiu de modo ilegal, ao demitir trabalhadoras por exercerem o legítimo direito de greve diante do atraso no pagamento de benefícios básicos como vale-alimentação, férias e FGTS.
A situação dos atrasos seguem ocorrendo e atualmente as trabalhadoras estão com cerca de três meses de atrasos acumulados. Essa situação, também evidenciada pela publicação de Jorge Luiz Souto Maior (https://www.jorgesoutomaior.com/blog/enquanto-forcas-se-unem-contra-a-pejotizacao-a-terceirizacao-continua-fazendo-vitimas-basta), é desumana e evidencia como a terceirização escravisa, humilha e divide.
Repudiamos com veemência a atitude da empresa Lume, que, além de precarizar as condições de trabalho, tenta silenciar a organização das trabalhadoras por meio de demissões por justa causa.
É fundamental que as demissões sejam canceladas e que as companheiras demitidas sejam imediatamente reintegradas, além do pagamento integral de todos os salários e direitos trabalhistas atrasados.
A Prefeitura de São Paulo também é responsável em relação a essa situação e deve assumir os pagamentos dos salários das trabalhadoras, já que a empresa Lume não cumpre suas obrigações contratuais.
Trabalhar sem receber tem nome, é escravidão! Basta de atraso de direitos e salários!
Nunes e a Lume são responsáveis!