Em março, no Conselho Universitário da USP, o reitor anunciou que a extensão do BUSP para as trabalhadoras terceirizadas finalmente seria implementada — reconhecendo publicamente uma conquista arrancada após anos de luta, mobilização e pressão das trabalhadoras, do Sintusp e do conjunto da comunidade universitária.

O que temos até hoje? Nenhuma medida concreta. As terceirizadas seguem sendo obrigadas a percorrer longas distâncias a pé, enfrentando frio, chuva, cansaço, gastos extras e todos os riscos agravados pela precarização do trabalho. Enquanto estudantes, docentes e servidores efetivos têm o direito de usar gratuitamente o ônibus circular, para as terceirizadas esse direito básico continua sendo negado, revelando o abismo de desigualdade mantido pela reitoria.

A promessa feita pelo reitor ficou apenas no discurso: nenhuma orientação oficial foi publicada e a comunidade sequer recebeu uma previsão para que o BUSP de fato chegue às mãos das trabalhadoras terceirizadas.

  • Anunciar e não cumprir é, sim, mentir para quem mais precisa desse direito.
  • A luta pelo BUSP para as terceirizadas é uma luta contra a segregação, o racismo e o machismo institucionalizado na USP.
  • Não aceitaremos mais desculpas nem enrolação!

Exigimos a imediata implementação do BUSP para todas as trabalhadoras terceirizadas, com as mesmas condições dos demais segmentos da universidade. O Sintusp seguirá denunciando o descaso e mobilizando a categoria até que essa dívida histórica seja paga!

Chega de enrolação! BUSP para as terceirizadas já!