O Fórum das Seis apresentou inicialmente os dados produzidos pelo GT Verbas a respeito da pauta salarial com a inflação do mês de abril somando 0,48% (dado que ainda não havia fechado na última reunião técnica) e o reajuste necessário para restaurar o poder de compra a partir de maio de 2012 de 17,65%. Além disso, apresentou a previsão de arrecadação de R$ 181.8 bilhões anual, com aumento de 9,21% de arrecadação no último quadrimestre. Ou seja, além do aumento da arrecadação do ano anterior ter superado as expectativas e ter sido de mais de 14%, neste primeiro quadrimestre teve novo aumento da arrecadação, o que demonstra a possibilidade de recomposição das perdas salariais reivindicadas pelas categorias.
Os técnicos do Cruesp discordaram da previsão de arrecadação de R$ 181,8 bi, apresentando um cenário bastante pessimista para rebaixar as expectativas em relação ao reajuste, repetindo o discurso de 2024. Afirmam não ser possível um reajuste maior que a inflação de 5,1%. No entanto, mesmo com as expectativas de arrecadação rebaixadas, estimando uma arrecadação entre 177 e 179 bi, há um aumento considerável da arrecadação. Vale lembrar que o comprometimento com as folhas de pagamento está bastante abaixo dos 85% no caso da USP (82,13% com os vales – ver último boletim do Fórum das Seis aqui.
Rebatemos as falas pessimistas dos técnicos, sobretudo da Unesp, apontando que as previsões rebaixadas de 2024 foram desmentidas pela realidade e que, portanto, era necessário repor as perdas que causam profundo endividamento na categoria que acumula 22 salários sentidos no bolso. Se 2024 o aumento foi de 14% e recebemos apenas 5% e agora as previsões apontam um aumento de mais de 9%, por que o reajuste seria somente da inflação do período? Isso porque consideram apenas a inflação da FIPE, que é menor que a inflação real dos alimentos e custo de vida.
Os estudantes apresentaram a necessidade de reajuste das bolsas auxílio que não correspondem às reais necessidades dos estudantes, que reivindicam o salário mínimo estadual de R$ 1804,00 como base para as bolsas de permanência.
Como avaliação da reunião, que não é a negociação ainda, fica claro que há dinheiro para contemplar o reajuste que pleiteamos de 17,65%. Mas para arrancar nossa justa demanda precisamos fortalecer a mobilização na Unicamp, na segunda-feira, 19/05 às 13h em frente ao Consu (Conselho Universitário da Unicamp). Por isso: Todos ao ato na segunda-feira! Saída às 10h da sede do sindicato!