A direção da FAU, numa atitude arbitrária e unilateral decidiu encerrar o serviço de copeiragem da unidade, deixando 3 trabalhadoras terceirizadas na rua com essa decisão. Os estudantes decidiram lutar contra essas demissões, não por causa do café, mas em defesa das trabalhadoras, dos espaços de convivência e contra a precarização do trabalho e dos estudos na USP.

Essas demissões são parte das políticas de desmonte e precarização das condições de trabalho promovidas pela reitoria e levadas a cabo pela direção da unidade. O fechamento de postos de trabalho com a falsa desculpa de economizar dinheiro, esconde um projeto elitista e privatista que atinge de forma brutal as trabalhadoras mais vulneráveis da universidade.

Contra as Demissões e o Fechamento de Postos de Trabalho

A demissão das copeiras, algumas com mais de 12 anos de dedicação à FAU, representa não apenas a perda de postos de trabalho, mas o aprofundamento de um processo de desumanização e desvalorização do trabalho essencial realizado por essas companheiras. O argumento de que o serviço de copeiragem seria “ultrapassado” e de que máquinas podem substituir pessoas é inaceitável e, como colocou o Prof. Do direito do trabalho Jorge Souto Maior:

“O discurso de que o serviço de copeiragem é “ultrapassado” desconsidera a dignidade do trabalho humano e perpetua a lógica de desvalorização do trabalho manual, fundamental para o funcionamento da universidade.”

Defendemos que nenhum posto de trabalho seja fechado, nenhuma terceirizada seja demitida e que os direitos sejam iguais entre terceirizados e efetivos.

Por Igualdade de Direitos, Salários e Efetivação

O SINTUSP reafirma seu programa histórico: lutamos pela equiparação de direitos e salários entre trabalhadores efetivos e terceirizados, e pela efetivação de todos os terceirizados sem necessidade de concurso público, como única forma de combater a segregação, a rotatividade e a precarização imposta pela terceirização.

Saudamos a mobilização exemplar dos estudantes da FAUD, que, em assembleia, decidiram paralisar as atividades em solidariedade às trabalhadoras e contra a precarização da universidade. A luta dos estudantes é legítima e um grande respiro para barrar o avanço da terceirização, dos cortes e da destruição dos serviços públicos.