Versão PDF AQUI

O SINTUSP manifesta total solidariedade e apoio à luta dos moradores da Favela do Moinho, última favela do centro de São Paulo, que hoje enfrenta mais uma vez a ameaça concreta de remoção forçada. O governador Tarcísio de Freitas, por meio do governo do Estado em articulação com grandes projetos de Parcerias Público-Privadas, quer apagar um território vivo, habitado há décadas por mais de 900 famílias, sob o pretexto da requalificação urbana e do combate ao tráfico.

Denunciamos que essa política de “terra arrasada” — que primeiro esvazia, destrói e só depois promete apresentar soluções — é profundamente injusta e violadora dos direitos das populações mais vulneráveis. O que está em curso é uma guerra contra os pobres travestida de projeto urbanístico. As alternativas habitacionais apresentadas pela CDHU são precárias, insuficientes e excludentes, impondo soluções inviáveis a famílias com renda inferior a um salário mínimo, muitas delas sem qualquer acesso ao crédito imobiliário.

Repudiamos a pressão exercida sobre os moradores para que aceitem propostas sem garantia de reassentamento digno e imediato, e condenamos o início das demolições antes mesmo da finalização das negociações com a União — proprietária legal do terreno.

A Favela do Moinho não é um obstáculo: é um território de resistência e vida, que luta há anos por moradia digna, infraestrutura básica e regularização fundiária. Defender o Moinho é defender o direito à moradia digna e às condições de vida dos(as) trabalhadores(as)!

O SINTUSP soma-se às mobilizações construídas pelos próprios moradores e por suas redes de apoio:

Seguiremos juntos, nas ruas e na luta, contra mais esse ataque à dignidade e ao direito à moradia!

Moinho resiste! Moinho vive!