Não é novidade para ninguém os inúmeros relatos de trabalhadores e trabalhadoras da USP que chegam frequentemente ao sindicato, sobre chefias autoritárias, que se utilizam dos seus cargos para intimidar e humilhar nossos(as) companheiros(as) de trabalho cotidianamente.

Um dos casos mais escandalosos e exemplares, de até onde chega o autoritarismo da USP e de seus chefetes, diretores de unidade inclusos, é o caso do companheiro do Museu de Zoologia que foi demitido por criticar as condições de trabalho a que estavam submetidos os colegas num grupo de Whatsapp. Tal medida absurda, de colocar na rua um trabalhador, foi referendada pelo reitor: o que demonstra como a USP é, para dizer o mínimo, conivente com o abuso de poder e o assédio moral.

Ocorre que isso não é um fato isolado! Multiplicam-se os casos de abusos cometidos por chefias que confundem seus cargos com a “posse” de espaços públicos, de uso compartilhado dentro da USP, e de seus servidores. Esses cargos de confiança da USP indicam que a USP, seus dirigentes e reitores confiam que essas chefias vão impor todas as medidas privatizantes que atacam a universidade pública, mesmo que para isso tenham que assediar e adoecer os trabalhadores.

Na ECA, uma dessas chefias que se consideram donas dos funcionários e do espaço público é a chefia do setor de Almoxarifado e Patrimônio.

Com passagens pela Prefeitura do Campus, Instituto de Física, FFLCH, CEPEUSP, Faculdade de Educação e atualmente na ECA, a dita senhora se valeu de atitudes grosseiras, além de buscar gerar desavenças com funcionários que sequer estão subordinados a ela, com declarações antissindicais contra representantes ELEITOS dos trabalhadores. Com aqueles que estão subordinados a ela gritos, ofensas e toda sorte de assédio moral passaram a ser rotina. Com esse histórico temos que perguntar: Por que a diretora Brasilina Passarelli mantém o cargo de chefia nas mãos daqueles e daquelas que perseguem e adoecem os trabalhadores? Por que a USP permite que seus trabalhadores continuem a estarem sob essas condições de trabalho?

As atitudes assediadoras e a postura antissindical dessa chefia vão continuar com a benção da direção da ECA e a reitoria que se diz de inclusão e do diálogo?

Em um ano, período que essa chefe está na ECA, o SINTUSP recebeu a denúncia de dois funcionários subordinados a ela no Setor de Almoxarifado e Patrimônio. O que chama a atenção é que essa pessoa sustenta o cargo de chefe sem que o setor chefiado possua o número mínimo de funcionários, conforme o organograma da própria USP. Por que a ECA, e a USP, sustenta no comando essa chefia?

O que acontece na ECA para que ela tenha carta branca para continuar gritando com seus subordinados, para que expulse pessoas do setor, para que despreze colegas e xingue pelas costas aqueles que divergem da sua postura denunciada como arrogante e autoritária?

O que acha a Diretora da ECA e os superiores dessa pessoa que mesmo sabendo de todas essas desavenças, continuam permitindo que ela ocupe cargo de chefia e siga impune?

O SINTUSP exige que a Direção da Escola de Comunicações e Artes da USP tome providências imediatas a respeito dessa denúncia para impedir que mais e mais funcionários adoeçam fruto do assédio moral constante.

Exigimos da USP assine o TAC (Termo de Ajuste de Conduta) e que implemente uma política real de combate ao assédio moral e não apenas campanhas de cartazes coloridos que enfeitam a sala de chefias e dirigentes assediadores.