Na terça-feira, 20/2, ocorreu reunião do Conselho Universitário. Nesta reunião, ainda no início, na parte dos informes do reitor, Carlotti dedicou seu tempo para anunciar que estava pronto o projeto de avaliação da carreira das(os) funcionárias(os). De acordo com o informe, teríamos o seguinte cronograma:

  • 1 reunião de apresentação do projeto para os diretores de unidade e 1 assistente indicado por cada diretor, aberta a perguntas.
  • 1 reunião virtual em formato de “live” para toda a comunidade para apresentação do projeto, sem possibilidade de perguntas
  • Realização de workshops com responsáveis pela elaboração do projeto, com formato não explicitado pelo reitor
  • Apreciação e votação do projeto pelo Conselho Universitário

O reitor não detalhou nenhum aspecto do projeto que será apresentado. Também não sabemos quem participou dessa elaboração. No ano passado, o reitor declarou que contrataria uma empresa para elaborar esse projeto. No entanto, mesmo com nossas cobranças, sequer sabemos qual empresa foi contratada e nem o valor dessa consultoria.

Também fizemos diversas cobranças para que esse processo de elaboração fosse democrático, com a participação do sindicato ou com o mínimo de representações eleitas pela categoria. A CCRH (Comissão Central de Recursos Humanos) poderia ser o espaço para esse debate, mas até o momento as representantes eleitas em outubro de 2022 para esta comissão não foram empossadas. A reitoria optou por fazer um projeto a portas fechadas e sem a participação da categoria. Muito mal para uma suposta reitoria democrática!

Veja AQUI as falas dos nossos representantes no CO sobre o tema

Chama atenção que todo esse processo de apresentação do projeto ocorrerá exatamente no período da nossa campanha salarial. De acordo com os dados do Fórum das Seis, para recuperarmos o poder de compra dos nossos salários de maio de 2012 é necessário, até dezembro de 2023, um reajuste de 15,05%. Além disso, no nosso caso aqui na USP, estamos com o VA e VR congelados, já que não houve reajuste desses benefícios em 2023. Consideramos fundamental a reivindicação de uma carreira com critérios objetivos para progressão, e que não esteja submetida a limites orçamentários fixos. Uma carreira com continuidade e previsibilidade, que não implique em competição entre os funcionários. Mas sabemos, pelas experiências anteriores, que a reitoria prefere apostar na nossa divisão, e estabelece processos de avaliação que estimulam a disputa entre os funcionários. Por isso, neste momento, é fundamental mantermos nossa unidade, para brigarmos pela reposição das nossas perdas salariais, e também contra as tentativas de divisão da categoria, por uma carreira que corresponda às nossas reivindicações

O projeto de avaliação de carreira da reitoria ainda não foi divulgado. Nos últimos dias, circulou pelas redes sociais um documento como se fosse o projeto que será apresentado. Mas este documento é antigo, de 2008, que foi a primeira proposta da então gestão reitoral que culminou com nossa carreira atual.