Nesta sexta-feira, 8/12, ocorreu uma reunião supostamente de “negociação” da nossa pauta específica, que protocolamos em junho. Na primeira reunião sobre o tema, ocorrida em julho, só ouvimos NÃO! Houve uma promessa de voltar a discutir a pauta em novembro, e após nossas cobranças, marcaram esta reunião de 8/12.

Como diz o ditado, “de onde nada se espera, daí é que não sai nada mesmo”. Podemos dizer que essa foi a síntese de mais uma reunião fake de negociação. Pela reitoria, estavam os membros da Copert (prof. Wilson, pelo DRH, prof. Freitas, da FD, Omar e Salvador, pela PG) e dessa vez veio um técnico do departamento de finanças, o sr. Alberto. Não se dignaram nem a mandar o coordenador da Codage, como das outras vezes. Isso já indicava que não haveria real negociação.

O representante técnico da área financeira fez uma rápida apresentação sobre o cenário econômico, reforçando o discurso do reitor no último CO, pintando um quadro de falta de recursos e que não havia margem para nenhum reajuste dos vales. Em outras palavras, ZERO! Sobre os outros pontos da pauta, nem fez comentários.

Após isso, os membros do sindicato apresentaram uma série de argumentos. Primeiro reforçamos que nossos benefícios sofreram uma grande desvalorização nos últimos 10 anos. Nossa reivindicação de R$1.610,00 para o VA e de R$72,00 por dia no VR representam os valores necessários para recompor o poder de compra dos benefícios em 2013. Também questionamos o fato de que, quando convém, a reitoria usa os números de arrecadação para negar nossas reivindicações. Mas quando a arrecadação é superior ao previsto, como ocorreu, por exemplo, em 2021 e 2022, isso não se reverteu em reajustes dos salários e benefícios. Ao contrário, converteu-se em caixa para universidade. Não é à toa que a USP tem um caixa de quase 7 bilhões. Logo, o discurso de crise não cola!

Fizemos mais uma série de questionamentos, mas a resposta já estava pronta: NÃO! E o pior, todo o discurso do representante de finanças da reitoria aponta para um cenário de vários anos de congelamento!

Mais uma vez, fica nítido que somente com MOBILIZAÇÃO, com LUTA e com GREVE arrancamos nossas conquistas. A greve estudantil deste ano, bem como as várias greves que fizemos ao longo da história da nossa categoria, mostra que aquilo que eles dizem ser “impossível” e “inviável” logo se torna realidade. Infelizmente, é somente essa a linguagem, da luta e da greve, que esses burocratas entendem! Nos próximos boletins publicaremos mais detalhes dos argumentos que apresentamos na reunião, para desmascararmos o discurso da da reitoria!