A reitoria “democrática” rasga o compromisso que fez em negociação com estudantes e ameaça de reprovação e jubilamento milhares de estudantes em função do exercício de seu legítimo direito de Greve. Na terça, dia 24, a Pró-reitoria de Graduação emitiu um Ofício (assinado pelo pró-reitor Aluisio Augusto Cotrim Segurado e pelo adjunto Marcos Garcia Neira) às unidades, informando que não haveria alteração no calendário letivo, e que a frequência máxima dos estudantes seria escalonada a partir do número de semanas que cada curso permaneceu em greve. Pela tabela apresentada, em alguns casos a frequência máxima seria de 68%. Seria o caso da FFLCH e da EACH, por exemplo. Como a frequência mínima para aprovação é de 70%, isso significa que todos os estudantes dessas unidades seriam reprovados por falta em todas as disciplinas do semestre. Pelas normas da USP, os alunos ingressantes podem ser jubilados caso sejam reprovados em todas as disciplinas de um semestre. Logo, o ofício representa uma ameaça de reprovação e jubilamento em massa de estudantes, como uma nítida retaliação ao direito de Greve.

Para termos uma ideia do que isso representa, não temos notícia de um ataque tão grande ao direito de Greve desde a redemocratização. Ou seja, trata-se de uma medida que remete ao período da ditadura! E isso assinado por gente que se diz defensora da democracia!

Não aceitaremos tamanho ataque ao direito de Greve dos estudantes. Esperamos que essa medida absurda seja o estímulo para uma retomada forte da Luta! Nenhuma Punição!